quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Teus olhos são faróis encandescentes

Teus olhos são faróis, incandescentes
Como são, raios de sol na madrugada
Que se fixam em mim, em desgarrada
Como os mais puros olhares, atraentes

Vejo nos teus olhos, meus confidentes
Com sentido de atracão, de encantar
São ímanes que me prendem, ao teu olhar
Para deixar meus olhos, impacientes

Trazem botões de rosa, no brilhar
Para me oferecer e, conquistar
Com seu brilho intenso, de sedução

Pois espero por tua boca, encantada
Já que por mim foi sempre, a desejada
Para um dia vir beijar, meu coração

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Quando se tem sonhos puros de amor

Quando se tem sonhos, puros de amor
Numa qualquer linda, noite de luar
Serão sempre sonhos, com esplendor
Os que dão á nossa vida, o seu lugar

Eu queria, ter um sonho recalcado
Que na vida, só a luz, fosse a razão
P`ra te poder beijar, entusiasmado
E em segredo, te dar meu coração

Se para nós, á um guia, com sul e norte
Que cada qual, usa como lhe convêm
Antes, de ser sentenciado p`la morte

É sempre ela, que rebenta os laços
Que existem, entre nós e, mais alguém
Quando os faz, vir morrer, em nossos braços


AUTOR
MANUEL J CRISTINO

domingo, 27 de dezembro de 2009

Passam-me pla mente tantos ensejos

Passam-me p`la mente, tantos ensejos
Que me recordam, velhos marinheiros
E os mais antigos, poetas, romanceiros
Que já quis imitar, nos meus desejos

Vultos a quem, sempre fiz, uns cortejos
Consciente, por saber, que são pioneiros
Como foram, os nossos Marinheiros
De lanças, heróicas e, até de beijos

Eu segui Historias, sonhos e, milagres
Andei pelo mundo e, encalhei em Sagres
E das lendas, me ficou, uma certeza

Por todo o mundo ter, acreditado
Que foi p`la conquista, do Mar salgado
Que se fez, a bandeira Portuguesa!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

sábado, 26 de dezembro de 2009

Eu gosto de ouvir chuva nos telhados

Eu gosto de ouvir, chuva nos telhados
Falando de coisas, que não se entende
Cantigas naturais, com que me prende
E deixa meus ouvidos, encantados

Os seus pálidos sons, tão delicados
A quem o meu ouvido, até se rende
A musica que toda a gente, aprende
Nesta escola dos sons, mais apurados

Por mim já tem passado, a murmurar
Muitas vezes, sem eu sequer pensar
Como posso enfrentar, essa magia

Um dia talvez, eu entenda, esse mistério
Em paz, no silencio, do cemitério
Quando dar, minha carne, á terra fria

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Mais sonante mais nobre nesta vida

Mais sonante, mais nobre, nesta vida
Para verem bem quem sou, se sou alguém
E nunca mais me olharem, com desdém
Até chegar, minha hora, a despedida

A esperança já anda, de mim fugida
Só me resta, a outra vida, no além
Porque nesta vida, não sou ninguém
Então desejo só, minha partida

Mais sonante, mais nobre, nesta viagem
Tão hostil e, tanto frio, neste horizonte
Que não mostra sinal, de uma viragem

Mais sonante, mais nobre e sem engano
Que o bem jorre de mim, como uma fonte
Deste meu coração, puro de humano!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Quem me dera abraçar-te agora

Quem me dera, abraçar-te agora
Neste presente momento, de solidão
Sentir deslizar em meu corpo
A sensualidade das tuas mãos
A provar, a tua nobreza de ninfa
Enquanto bebia, o néctar
Do fruto, dos teus lábios
Esses lábios puros e quentes,
A imitar o veludo, rosado do amor
A deleitar-me no teu colo,
Entre teus braços, apertado
Junto a ti, colado a ti,
Num só corpo, puro de amante!
Enrolar-me, em teu regaço e sonhar,
Com um jardim, do Éden
Neste mundo Real e natural,
Onde pode-se desnudar minha alma,
Pura e livre de preconceitos,
E lá no meio, de plantas floridas,
Abraçado a ti, gritar ao mundo,
Eu te amo e, sempre te amarei,
E como uma estatua imóvel,
Apertar-te entre meus braços,
Repetindo baixinho ao teu ouvido,
Eu te amo meu amor!
E ao libertar, meus braços
Do teu corpo, ergue-los
Livremente gritando
Eu quero morrer, dizendo
Eu te amo meu amor!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Ouveme agora meu amor

Ouve-me agora meu amor
Presta-me bem atenção
Escuta se faz favor
O que diz meu coração

O que ele diz é segredo
Por isso vou ficar mudo
Dado ser muito cedo
Para eu revelar tudo

Meu coração chora e ri
É difícil de entender
Basta só pensar em ti
P`ra ele me fazer sofrer

Só ao mar é que confesso
Este meu jeito de amar
E é sempre a ele que peço
Para por mim te beijar

Tenho inveja desse Luar
Que de noite te procura
E das melodias do Mar
Que ele te canta com ternura

Eu queria ser Paraíso
Ou lugar de toda a flor
Para que alegria e riso
Seja pureza do amor

Autor
Manuel J Cristino

Olha para mim

Olha para mim,
Mas não me julgues,
Porque eu não sou eu,
Olha para mim e vê,
Que sou apenas,a tua semelhança
Fixa teu olhar em mim,
E pergunta a ti mesmo
Quem sou eu?
Para lá da tua imagem!
Olha para mim,
E medita no Oceano,
Que tu julgas conhecer
Mas não conheces, não!
Porque é nas profundezas,
Do seu secreto interior
Que restam os segredos
Dos seus mitos, seus valores,
Sua riqueza e malvadez,
E a terra que pizas, conheces?
Possivelmente não!
Pois é este mar e esta terra
Que te dá vida e faz brilhar!
Por isso olha para mim,
E pensa, pensa, volta a pensar
Mas nunca me julgues!
Para não te envergonhares,
Olha para mim,
E sem me julgares
Pensa muito em ti,
E vive pensando,
Porque eu sou eu,
Sem ser como tu,
Sou apenas a tua imagem!

AUTOR

Manuel J Cristino

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

ESTA FLOR oferecida

Esta flor oferecida
Símbolo de gratidão
É parte da minha vida
Que eu roubei ao coração

Vai tu flor levar por mim
Teu perfume ao meu amor
No regresso ao meu jardim
Traz-me dele seu esplendor

És minha flor de paixão
Com que vivo no dia a dia
És poema para canção
De contornos de magia

Pois esta flor será pura
Como será o mais poro amor
É um símbolo de ternura
Que é devido ao seu autor

E como flor continua
Para ser sempre e depois
Não será minha nem tua
Mas será de nós os dois

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

VAI TU FLOR

Vai tu flor!
Como se fosse eu
Visitar a minha amada
Beija na testa, nos pés
Como se fosse eu
Deixa nela tua seiva, teu perfume
Afaga seu corpo imaculado de mulher
Como se fosse eu!
Dá-lhe amor, carinho ternura
Prende-a nos teus braços
Com mãos de (pétalas)
Como se fosse eu
Dança com ela no espaço
Por entre estrelas e galáxias
E em voluptuosa dança
Vai até ao jardim do éden
Como se fosse eu!
Dorme com ela na cama do amor
Embrenha-te na sua intimidade
Como se fosse eu
Aninha-te em seu colo
Para humildemente
Lhe cantares baixinho
Uma linda canção
Como se fosse eu
Eu te espero
Minha querida
Eu te quero
Para toda vida
Tu és minha luz
Meu guião
E quem seduz
Meu coração

AUTOR
MANEL J CRISTINO

AS MINHAS LETRAS

As minhas letras
E as minhas frases,
São como migalhas de mim,
Que te dedico amigo,
De formas diversas.
Nelas viajo até ti
Sem estar presente
Apenas para me realizar
Delas faço os braços
Com que te abraço
Lábios com que te beijo
Mãos com que te afago o rosto
Flores com que te presenteio
Ternura com que te encho o peito
Luz que ilumina teu caminho
Paz que te tranquiliza
E o verdadeiro amor que te dedico
E te dou diariamente;
Com elas construo jardins
Onde planto todos os meus amigos
Para ver o seu brilhar
O seu sorriso, a sua alegria
E dele poder exalar, perfumar humano
Esse perfume único e verdadeiro
Que quero plantar e espalhar
P`lo mundo fora!
Com estas migalhas letras
E estes meus fragmentos unidos
para me refazer a mim próprio!

AUTOR
MANEL J CRISTINO

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

MEUS POEMAS TE EMOCIONARÃO

Meus poemas te emocionarão,
Com minhas frases apaixonadas
Que te farão sentir a força do amor!
Tocarão a tua sensibilidade
E sentiras no teu rosto,
O calor dum beijo
Que te reservo
De puro sentimento
E nos momentos de solidão,
Eles estarão contigo
Num livro, num rádio,
Lidos, falados, ou declamados,
Suarão ao teu ouvido!
E como amuleto,
Darão sentido aos teus sonhos,
Para te levar ao infinito!
E se contra a tua vontade,
Um dia tu caíres no Breu,
Meus poemas, brilharão na tua mente,
Como brilha a Estrela
Mais brilhante do firmamento,
A iluminar a luz dos teus olhos,
A indicar-te o caminho,
Até ao mais puro segredo
De todas as coisas puras,
E um dia quando de mim,
Apenas restar a memória,
Meus poemas viverão em ti
Sem nunca te abandonar,
Por seres minha fã,
E depois de ti
Ficarão para sempre
Até á eternidade!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu queria ver melhor muitas estrelas

Eu queria ver melhor, muitas estrelas
Lá mais perto do espaço, do criador
No breu, mais clareza, como no amor
E rosas, muito puras, muito belas

Mais colchas de cetim, sobre as janelas
Mais perfume de rosas, sobre o mar
Com as luzes, brilhando em teu olhar
Em busca de purezas, mais singelas

Queria abrir as asas, viver a vida
Renovar uma esperança, já perdida
E alcançar a paz plena e, a mais pura

Eu queria ver, toda a gente sorrindo
Ver os injustos Cáceres, se abrindo
E a maldade do homem, virar ternura

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Escreve para mim amor

Escreve para mim amor
Consola meu coração
Que não para de doer,
Ao querer partir do meu peito!
Já me cansei do silêncio,
Não sei viver mais, nesta monotonia
Que mais me parece, uma tempestade,
Sou como o breu que dorme
Quando a noite chega,
Como a silhueta da morte
A contemplar a noite estrelada,
Ou o silencio moribundo e triste
A espreitar o amanhecer,
Sou como a vida que não vive,
A espreitar o nascer do Sol,
Mas sou também o convencido
Aquele que acredita,
No fim do teu silencio,
Que a tua voz, se propagará
Através da mensagem,
Que áde invadir meu silencio,
E será com os teus voos
De asas de puro anjo,
Que inundarão o azul dos Céus
Que eu ressuscitarei,
Fazendo de Estrela cadente
Em movimentos luminosos,
Para dar beleza ao espaço Celeste,
Como melodia de amor
A brotar da minha alma,
A dedilhar num jardim paradisíaco,
Onde só vivem flores silvestres
Vindas dos campos mais inóspitos,
De paisagens puras e virgens,
Onde mora meu jardim virtual,
Que não consegui alcançar
E só em sonho realizei!

AUTOR
MANUEL jOÃO cRISTINO

O morte já estou farto de esperar

O morte já estou farto de esperar
Que bom seria saber quando chegavas
E com que braços é que me abraçavas
Para esta minha vida terminar

Pois não à mal que não possamos curar
Na luta que travamos no dia a dia
Quantas vezes julga-mos ser magia
E outras vezes nos dizem ser só azar

Vem morte raivosa curar-me o mal
Vem de mansinho falar-me de amor
Prender-me no teu manto o mais escuro

E porque foi do nada que eu nasci
Quero voltar ao nada só por ti
E deixar este mundo sem futuro

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Mas porque razão a final

Mas porque razão a final
Tu te esqueceste de mim
Porque usas esse silêncio
Querendo a tudo por fim

Eu não queria acreditar
Por ter em ti confiança
Hoje sei que fui enganado
E agora quero vingança

Terás que tudo pagar
Tu não vás ter meu perdão
Terás que me prestar contas
E eu vingar minha traição

Eu morri nessa tortura
Que tu me quiseste impor
Tu morreras de vingança
Imposta por nosso amor

Por seres tão mentirosa
Toda agente te condena
O povo leu-te a sentença
Pois a vingança é a pena

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

VILA DO BISPO DE GLORIA

VILA DO BISPO DE GLORIA
DO PRESENTE E DO PASSADO
TU ÉS DO MUNDO UM ROTEIRO
DE HORA A HORA VISITADO

Foi numa data distante
Que em Sagres se instalou
Aquele a quem se chamou
O nosso maior navegante
Era o D.Henrique o Infante
Esse símbolo de vitória
Que tem sua parte da historia
D`guadalupe á fortaleza
Que te deu nome e nobreza
Vila do Bispo de gloria

Em Guadalupe rezava
Vindo de Sagres a pé
Como crente da sua fé
P`la Raposeira passava
Onde ás vezes pernoitava
Por estar enamorado
Era um homem bem formado
Corajoso e irreverente
Que foi desta vila expoente
Do presente e do passado

Anda gente ao desafio
Para te vir visitar
P`la historia lhe indicar
Onde o infante residiu
Como a rota dum navio
Passa aqui o mundo inteiro
Sendo o ultimo e o primeiro
De todos de Portugal
Por não haver outro igual
És do mundo um roteiro

Já da pesca tu és pioneiro
Do percebo és capital
E do Sargo o principal
Que te coloca em primeiro
Em Portugal ou estrangeiro
Tudo isto é comentado
Porque não á em nenhum lado
Nada p`ra te comparar
Vás por isso continuar
De hora a hora visitado
AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Um desejo é inutil o sentimento

Um desejo, é inútil o sentimento,
Como é o ódio, e o amor, mais o desdém,
É o mesmo, que lançar flores ao vento,
Ou se impor, um amor a quem não tem,

No mundo, todos andam num vaivém,
Vivendo a sua alegria, como tormento,
Muitas vezes, só riso num lamento,
Que espera por um beijo, que não vem,

Se morre a nobreza, por incapaz,
E a saudade morta, voltar a trás,
Quando toda esperança, esta perdida,

Um enredo assim, eu nunca queria,
Querendo esquecer, tudo no dia a dia,
Só por saber, que tudo isto é a vida,

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

As letras que vou escrever

As letras que vou escrever
Serão as mais puras flores
Que vou plantar por dever
No jardim dos meus amores

Com as letras tudo faço
Com letras tudo prevejo
Faço mãos com que abraço
E lábios com que vos beijo

Com as letras tudo é dito
Com as letras sorrio e choro
Com as letras falo e grito
Com as letras vos adoro

Com letras me manifesto
Do que mais gosto ou odeio
Do que não gosto protesto
E do que gosto eu anseio

Há nas letras confidência
A quem eu confesso tudo
E nos momentos de ausência
Eu não falo fico mudo

Vão letras em meu lugar
Por onde eu não posso ir
Vão por mim falar cantar
Vão por mim chorar e rir

Vão letras vão visitar
Vão dar abraços e beijos
Vão vocês em meu lugar
Matar todos meus desejos

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

de muito longe vem o eco

De muito longe vem o eco
Duma voz que por mim chama
Será voz de quem me odeia
Ou é a voz de quem me ama

Esses que tanto me odeiam
Gritam por mim com rancor
Tentando assim me enganar
Com seu ódio por amor

Ao contrario os que me amam
Chamam por mim com doçura
Demonstrando no momento
O seu amor e ternura

Eu tenho na consciência
Que por alguns sou amado
E não consigo compreender
Porque também sou odiado

Uns falam e outros gritam
Numa mesma situação
Gritam uns de desespero
E outros de satisfação

Entre o ódio e o amor
Há sempre gente metida
Uns dão a vida por outros
E outros lhe roubam a vida

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Se nalgum dia a solidão

Se nalgum dia a solidão
Te vier invadir a vida
Presta assim muita atenção
Ao tomar da decisão
Para encontrar a saída

Lei bem a minha poesia
Talismã que te ofereci
Tu nela encontras magia
Para te dar companhia
Guarda tudo o que escrevi

Na terra eu quero ser
Este teu anjo da guarda
Não te quero ver sofrer
Para ninguém perceber
Quando tu estas perturbada

Quero que tu não esqueças
Que eu nunca vou esquecer
Não são apenas promessas
Nas situações adversas
Eu te quero socorrer

E se alguém não respeitar
Esse valor que é só teu
É por não crer aceitar
Esse charme de encantar
O que deus te ofereceu

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu pus-me a olhar o céu

Eu pus-me a olhar o céu
E de repente surgiu
Aquele clarão que descia
E á medida que se abria
Só um anjo de lá saio

Apavorado fiquei
Quando a isto assisti
Algo senti diferente
E a caminhar de repente
Logo a ele me dirigi

O anjo olhou-me e disse
Foi Deus que me ordenou
Para te vir avisar
Que nunca deixes de amar
Aquele que te criou

Se nele não acreditas
Todo o mal te espreitara
Pois iras cair na teia
Tudo de mau te rodeia
E ninguém te salvara

Mas se nele acreditares
Tudo te vai melhorar
Quando estiveres em perigo
Ele esta sempre contigo
Seja qual for o lugar

Nos momentos maus da vida
Tudo pode acontecer
Pois é ele com a sua graça
Que protege tua desgraça
Usando do seu poder

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu pedi ao mar que secasse

Eu pedi ao mar que secasse
Para lá poder passar
E ao vento que me levasse
Para o meu amor beijar

Não ouviram o meu pedido
Não te posso ir visitar
Julgo-me um homem perdido
Por loucamente te amar

É a Deus que eu vou pedir
Por ser o rei Universal
P`ra ser ele a decidir
O meu pedido final

Ó Deus todo poderoso
Levai-me á minha amada
Mostra-me que és bondoso
Eu não te peço mais nada

A mim ninguém me fez nada
E nem Deus me quis ouvir
Falta-me o anjo da guarda
Para me vir acudir

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

quero ir de flor em flor

Quero ir de flor em flor
Quero de abelha me fazer
E todo o perfume colher
Para levar ao meu amor

Do nada ser um doutor
P`ra tua beleza cuidar
Para mais me fascinar
Com todo o teu esplendor

Ribeiros queria ser dois
Juntando aguas e depois
Ir correndo para o mar

Fazer da agua nossas vidas
Tão misturadas e unidas
P`ra não mais nos separar

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

A TUA CARA É UMA ROSA

A tua cara é uma rosa
O teu corpo uma roseira
Tuas roupas são um jardim
O teu charme uma craveira

O teu cabelo é doiro
Teus olhos os diamantes
Teus lábios são de veludo
E as tuas faces brilhantes

Os teus seios são miradouros
E teu ventre é uma capina
Tens na cabeça é o cume
Do tronco que me alucina

Os teus braços são dois rios
E as tuas costas o mar
E tuas pernas afluentes
Sempre a correr sem parar

És universo em pessoa
Porque nada falta em ti
És tudo aquilo que eu vejo
Mais que tudo que eu já vi

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

É muito forte a saudade

É muito forte a saudade
Esta que trago comigo
Eu só queria estar contigo
Meu amor isto é verdade

É bem triste o meu penar
Que tanto me faz sofrer
Eu queria mesmo morrer
Que de ti me separar

Pois eu queria estar ai
Onde te encontras agora
Porque minha vida piora
Ao pensar que te perdi

Dá-me noticias meu amor
Estou louco p´ra te ver
Não me faças mais sofrer
Nem aumentes minha dor

Paixão é o fogo que arde
Que nos queima o coração
Morrerei desta paixão
Seja mais cedo ou mais tarde

Não querias de mi saber
Para quê tanta maldade
Tu tinhas mais dignidade
Não me fazendo sofrer

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Como judas vestiste de cordeiro

Como judas vestiste de cordeio
De pomba humilde viraste falcão
Como anjo demoníaco sorrateiro
Consumando no dia a dia tua traição

Odeio-te assim mulher de amor traiçoeiro
Salivo minha raiva, pelo rosto
No presente momento derradeiro
Onde aquilo que antes era hoje é oposto

Mulher se te vejo, sinto rancor
Por seres causadora, de uma dor
Mais forte que tudo, quanto se diz

Assim por ter razão não vou perdoar
Mas sinto vontade de te ajudar
Se me dizem que tu, até és infeliz

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

MALDITO SEJA O TIRANO

Maldito seja o tirano
Que se julga soberano
Do quero posso e mando
Devia ser excomungado
E depois ser condenado
A no mundo andar penando

Se a montanha visitares
Que raios a cair aos pares
Te façam afugentar
E para a campina que fores
Que vejas todas as flores
Fecharem-se a protestar

E no teu caminho crateras
Que saíam de lá muitas feras
Como diabos disfarçados
Dos montes desabem rochas
E venham da terra tochas
Nas mãos dos teus condenados

Se por aguas navegares
Congelem os rios e mares
P`ra que não possas passar
E muitos tufões de vento
Não deixem que o teu lamento
Possa alguém acordar

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

TIMOR É SANTIFICADO

Timor é santificado
O seu sangue derramado
Foi todo ele é inocente
Lugar de p`regrinação
Com nome de uma nação
Que á muito que é urgente

Terra de sangue regada
Dessa gente massacrada
Que nasçam plantas de juízo
Que guardem os perseguidos
Entre os ramos escondidos
Como sendo no Paraíso

Prós carrascos dessa gente
Que nasçam plantas serpente
De espécies bem venenosas
Que de forma disfarçada
Os vão reduzindo a nada
De maneiras tenebrosas

E que os seus sobreviventes
Recordem os seus parentes
Que pela Pátria tombaram
E a terra que os viu morrer
Que não os deixe apodrecer
Na memória que deixaram

Depois liberdade ao povo
P`ra viver num mundo novo
Num jardim e na esperança
E sorrindo como as flores
Trocando entre si amores
Onde não restem vinganças

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

TENHO DUAS FOTOGRAFIAS

Tenho duas fotografias
Para a minha companhia
Não me canso de as olhar
Para depois as beijar
Com respeito e alegria

Quando chego junto delas
Lá estão a olhar p`ra mim
Como querendo falar
Ou querendo me abraçar
E todos os dias é assim

Quando á noite vou dormir
Despeço-me sempre delas
Durmo sempre descansado
Por me sentir bem guardado
Pelas minhas sentinelas

Na manhã do outro dia
Logo nos cumprimentamos
Basta para elas olhar
Para se cumprimentar
Logo a seguir nos beijamos

Quando volto do trabalho
La estão elas de vigia
Para me cumprimentar
E também me consolar
E dar-me força e energia

Esta é a minha riqueza
Que eu tenho aqui na ilha
Fotos de grande beleza
Símbolo de muito amor
Da minha mulher e filha

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Trago no meu peito uma dor meu irmão

Trago no meu peito uma dor, meu irmão
Ao ver os campos mortos, num deserto
Vejo assim tudo negro, tudo incerto
P`ro futuro, não vêjo solução

Do mundo, queria ser sempre guardião
Só queria ter asas, ser vigilante
Prender os malfeitores, num instante
Para salvar o mundo, da erosão!

Eu exijo mais justiça, á natureza
Quero ver sempre os campos, verdejantes
Para que aja, mais vida e mais riqueza

Para inalar sempre, o perfume das flores
Ter nos meus olhos, jardins deslumbrantes
E rancor, a todos os malfeitores

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Foi só recordações que me ficaram

Foi só recordações, que me ficaram
Daquele tempo, quando queria amar
Esses sonhos, de ambição me marcaram
E vão resistindo, ao meu imaginar

Foram meus sentimentos, que falharam
Quando eu quis, o impossível alcançar
Foram só as ilusões, que me restaram
E não as voltarei mais, a recordar

Eu sou refém, desta minha ilusão
Contagiado, p`lo vírus de ambição
Proclamei meus jardins, sem ter flores

Na vida, não podemos esquecer
Que ela é curta de mais para aprender
Segredos, que envolvem os amores

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Já perdi todos sonhos de ambição

Já perdi, todos sonhos de ambição
Como o fumo, todos eles sumiram
A minha luta foi apenas, ficção
A onde todos meus Castelos, me ruíram

Eu perdi a minha frota, tudo em vão
Em galáxias, por mim tanto sonhadas
Tantas aventuras, de ilusão
E tantas, esperanças desfraldadas

Já perdi, meus troféus e meus anéis
E os quadros, por pintar e meus pincéis
E todos, condados e pradarias

E sobe-me à, mente esta dor do nada
Porque meu peito, já è terra queimada
De que restam, as minhas mãos vazias

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Fixo os olhos no sol semicerrados

Fixo os olhos, no sol, semicerrados
Em algo natural, e fascinante
Esperando traze-los, encantados
Para tudo tornar, mirabolante

Foram assim por vezes, enganados
P´la força da magia, da natureza
E foram por mim, sempre aliciados
A melhor, entender esta beleza

Os segredos, guardados do passado
Deixam o mundo até, desapontado
Nesta forma, de pensar com clareza

Mas sem saber, eu digo com audácia
Que ninguém, saberá nesta galáxia
Quem arquitectou, esta nobre proeza

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Aqueles que pretendem o meu amor

Aqueles que pretendem, o meu amor
Não pensam no que sinto, nem quem sou
À muito que eu suporto, grande dor
Que sem crer, em meu peito se instalou

À muito que sinto, grande pavor
Julgando que meu sangue, congelou
À tempo, que não sou de mim senhor
E não sei, por onde ando, nem quem sou

A força desta dor, é permanente
Tornou-se, de noite e dia impaciente
Onde a minha vontade, é de gritar!

E é sempre a mesma dor, o mesmo tédio!
Que só a morte, terá o santo remédio!
Para esta, minha dor eliminar!


Autor Manuel Cristino

Penso em ti a toda hora

Penso em ti a toda a hora
Não consigo sossegar
Tudo em mim sorri e chora
Por tanto te crer amar

Vivo do mundo isolado
Como se fosse um traidor
Estou sendo torturado
Pela força deste amor

Não me importa de sofrer
Para te ter a meu lado
Apenas queria saber
O que me tens reservado

Mesmo com essa tortura
Nunca te deixo de amar
Até que a minha censura
Te ade fazer repensar

Autor
Manuel j cristino

Tu és de classe distinta

Tu és de classe distinta
Disso tenho já certeza
E qualquer intelectual
Vê logo em ti afinal
Teu nível e tua beleza

Qualquer homem evoluído
Que o teu charme apreciasse
Eu sei que ficava crendo
Que a final estava vendo
Alguém de grande classe

Tu tens raízes de nobreza
Descendes de gente nobre
És rica de geração
Como manda a tradição
Nada importa seres pobre

Eu vim do reino dos poetas
Somente p`ra te ajudar
Dou-te tudo o que quiseres
Para no meio das mulheres
Ser bem alto o teu lugar

Servirei de teu guião
P`ra teres tudo na vida
Serei teu anjo da guarda
Para não te faltar nada
Morrerei por ti querida

O que tinha já não tenho
Tudo que era meu é teu
Por ser a minha opção
E saber que esta paixão
Esta viva não morreu

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Volta e meia vou pescar

VOLTA E MEIA LAVOU PESCAR
DE CANELÃO ESTICADO
PARA A PESCA DO DIA A DIA
VOU SEMPRE BEM PREPARADO


Alegre lá vou pescando
Tentando o peixe apanhar
Hoje vou vencer o azar
Estava sempre planeando
Mas ouvia de vez em quando
Parecia alguém a cantar
E veio do fundo do mar
Uma sereia encantadora
Só para ver a senhora
Volta e meia lá vou pescar


Basta ao pesqueiro chegar
Logo tenho a sensação
De ouvir aquela canção
Que eu gosto de apreciar
Já não sei se vou pescar
Ou vou ficar lá parado
Para sonhar acordado
Nesse peixe de mulher
Para pescar se souber
De canelão esticado


Sempre pensei em pescar
Um peixe metade gente
Para eu ficar contente
Bastava nisto pensar
Pois vinha mesmo a calhar
Fazer essa pescaria
Para ver se conseguia
Muitos métodos usei
E mesmo tudo empenhei
Para a pesca do dia a dia


Quando um dia lá cheguei
E vi a sereia deitada
Ao sol muito esticada
Confesso que até corei
Foi logo que eu reparei
No que estava ali deitado
Era um sonho do passado
Ou pura imaginação
P`ra não falhar na missão
Vou sempre bem preparado

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Vi aquele menino chorando

Vi aquele menino chorando
Numa rua a vaguear
Fui-me dele aproximando
P`ra lhe puder perguntar

Porque choras meu menino
Estou aqui p`ra te ajudar
Por seres tão pequenino
Tu não deves aqui andar

Ele olhou-me e chorou mais
E entre soluços falou
Pois sabe eu não tenho pais
E nem sei onde é que estou

Todos os dias um meu amigo
Me fala do pai e da mãe
Parece que foi um castigo
Vir ao mundo e sem ninguém

Eu também queria ter pais
Ter muito amor e carinho
Se eu fosse como os de mais
Não andava aqui sozinho

Depois do que me disse
Pediu-me para o abraçar
E eu pedi-lhe que sorri-se
Para eu poder chorar

Eu disse-lhe então a seguir
Nós somos os dois iguais
Vamos sonhar e sorrir
Como nós á muitos mais

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Aqui da terra

Aqui da terra
Só vejo o azul proibido,
Levanto a cabeça
E sempre a mesma cor,
Que, leva o meu imaginário
Ate para lá do infinito,
E sempre o mesmo enigma
O mesmo mito,
O mesmo segredo
E sempre e para sempre
O mesmo mistério!
Caminhos diferentes, dois
Um para cima, com azul, muito azul
É imenso e infinito,
Com lugar para a luz,
Para crenças e ódios,
Para Deuses e anjos,
Para Céus e Paraísos,
E o outro é para baixo,
Escuro!
Sim muito escuro!
Tem agua e fogo
E tem restos da vida,
Ou sobejos de morte,
Tem anjos, Demónios
Riquezas, Abismos
E muitas historias,
A falar de Infernos,
Aqui na terra onde vivo
Só um futuro me espera
É a negra morte!
Sim, a morte!!!!
Mas não seguirei nenhum mito
Destes caminhos proibidos
Nem para cima, nem para baixo
Nem para o céu, nem para o inferno
Mesmo sabendo que este
É o ultimo caminho, que me resta
Quero ser igual, aos de mais,
Aos bons e aos maus,
Aos ricos e aos pobres,
E como todos regressar ao nada,
Á terra, agua, ou fogo!
Mas aqui bem longe.
Disso a que chamam,
De Céu, ou inferno!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Ó meu Deus diz-me lá sem hesitar

Ó meu Deus diz-me lá, sem hesitar?
Porque fixes-te assim, esta prisão?
Neste lindo Pais, esta vedação,
Com este muro a sua, volta que é o mar!

Á muito que te quero perguntar?
Que é que aconteceu, aos Deuses outrora?
Tudo é diferente, p`lo mundo fora!
Porque eles não se entendiam a mandar?

Vejam os homens, são tão diferentes
Os climas uns tão frios, outros quentes
E a riqueza e miséria, são rivais

Vejam, os continentes como são!
E mesmo até se Deus, não for cristão
Na morte e na vida, somos iguais

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Nesta dor á um mistério

Nesta dor há um mistério
Que nos magoa e faz sofrer
Saudade é assunto sério
E difícil de entender

Fala-nos do coração
Sempre que há uma despedida
E quando há separação
Vive-se apenas meia vida

Uma prolongada ausência
Fere qualquer sentimento
Destrói nossa paciência
Num vai vem de pensamento

O meu pensamento faz
Aquilo que faz o vento
E fazer mais não é capaz
Esta sempre em movimento

Rapidez e liberdade
Tem que o pensamento ter
Para atenuar a saudade
P`ra poder sobreviver

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Ponta das potas pontal

PONTA DAS PONTAS PONTAL
RAINHA DE TERRA E DE MAR
REFERENCIA ALICIANTE
P`RA TODA GENTE ENCANTAR

Tu és chegada és partida
De curiosos forasteiros
Que actualizas ficheiros
Desta rota preferida
Onde não és esquecida
Teu nome é universal
Que deu nome a Portugal
Por ser meta obrigatória
Bem conhecida da historia
Ponta das pontas pontal

É um frenesim constante
Para te vir conhecer
Como lugar de lazer
És do mundo um diamante
Tão próximo e tão distante
Que acaba no começar
Da terra e também do mar
Por do sol encantador
Sem limite a sonhador
Rainha de terra e de mar

A terra se precipita
A onde começa o mar
Uma falésia a indicar
A passagem interdita
Mas quem lá chega medita
Talvez pensando no Infante
Ou em qualquer navegante
Que ali vem traçar a rota
Protector de toda a frota
Referencia aliciante

As aves de imigração
Fazem de ti um roteiro
Como navio ou veleiro
Precisam de orientação
Com rigor e precisão
Vêm-te aqui contornar
Para seu rumo marcar
Na direcção pretendida
És também seguro de vida
P`ra toda gente encantar
AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Diz-me lá rouxinol sem me enganar

Diz-me lá rouxinol, sem me enganar
Porque és tu assim, de mim tão diferente
Serás mesmo a voz, e alma doutra gente?
Que ficou, neste mundo e anda penar?

Ou cantas, como eu para disfarçar?
A minha, mágoa e dor sempre crescente
Que é tão clara, como a agua da corrente
Que corre, como o vento sem parar

És rouxinol, melodia de encantar
Como ídolo, serás assim meu expoente
Que levas na tua voz, o meu penar

O teu refrão, me faz adormecer
Ouvindo o teu trinar, solenemente
E a vida que perdi, volta a nascer

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu vivo recordando o meu passado

Eu vivo recordando, o meu passado
Quando só ria e cantava, a minha dor
Se penso neste mundo, noutro lado
É para ser de novo, um lutador

Não quero que me chamem, de impostor
Por ter rido a cantar, meus sofrimentos
Muitas vezes escondia, meus lamentos
Mas não deixei, de ser um sonhador

Tantas vezes, fico a pensar no vago
Como queria ter algo, só a meu cargo
Mas tudo que eu pretendo, não tem jeito

Por vezes choro e rio, não sei porquê
As lágrimas que eu choro, ninguém vê!
Porque ficam retidas, no meu peito!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

É permanente esta minha ignorancia

É permanente, esta minha ignorância
Falta-me ainda o mundo, bem conhecer
E mesmo ignorando, eu quero saber
Onde estão os limites, a tolerância

Pergunto ao mundo, em cada instância
Porque paga aos sábios, p`ra esconder
Aquilo que todos, deviam saber
Tirando ao poderoso, a arrogância

De não saber, sinto pena meu irmão
Só os anónimos, gritam esta razão
Por ser o numero, maior dos mortais

O meu ressentimento, é bem profundo
Pois tudo é desigual, em todo o mundo
E os homens cada vez, mais desiguais

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

domingo, 6 de dezembro de 2009

Mesmo que seja pequeno o valor

Mesmo que seja, pequeno o valor
Dar a quem mais precisa, é uma nobreza
Dar mesmo que seja, um pouco de amor
Será isso que eu darei, para a pobreza

Eu queria ser do mundo, o salvador
Dividir com Pobres, minha riqueza
Para deixar de ser, um sonhador
Arrancando de mim, toda tristeza

Tirar sempre ao rico, p´ra dar ao pobre
Tornar o mundo mais, equilibrado
Basta de si apenas, seu gesto nobre

Para que o homem, possa ainda acreditar
Que nunca mais, será injustiçado
E nunca mais, voltara a mendigar

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Porque me chamas de rei

Porque me chamam de rei
Neste reinado animal
Serei assim tão importante
Só porque sou racional

Já rejeitei esse trono
Á muito que eu reparei
Que em cada sua espécie
Existe lá o seu rei

Vejam que sou diferente
Penso em mim e nos demais
Quero viver em armonia
No mundo dos animais

Se algum dia os outros reis
Unirem-se contra mim
Será para a minha raça
O principio de um fim

Seja a morder ou picar
Ao coice ou á marrada
A raça que represento
Será reduzida a nada

Sei que tenho de mudar
Meus hábitos meus ideais
Porque o mundo não é meu
Pertence aos animais

Represento o rei do mal
Por todo o lado que passo
Tudo se afasta de mim
Só pelo mal que lhe faço

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

QUEM FEZ O CEU E A TERRA

Quem fez o céu e a terra,
Os mares rios e a serra,
Nuvens chuvas e trovões,
Aos sábios faz confusão,
Divergindo de opinião,
P´ra se armar em sabichões

Apenas á uma certeza,
Que isto tudo é natureza,
Quem foi então que a criou?
Diz-se ser certo senhor,
Deste mundo o redentor,
Quando por aqui andou.

Queria eu ir ao fim do mundo
E ver o mar até ao fundo
Para ver se eu percebia
Quem fez esta obra prima
Cá debaixo até lá cima
E quem fez a noite e o dia

Mas quem foi esse senhor
Que deu ao mundo luz e cor
E deu-lhe também o mal
Seu poder era tão forte
Que fez a vida e a morte
Para o reino universal.

Ninguém deve crer lutar,
P`ra conseguir alterar,
Estas leis da natureza,
Porque delas somos filhos,
E apenas alguns cadilhos,
Desta tão nobre riqueza.

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

QUANDO O DIA SE DEITA SOBRE

Quando o dia, se vai deitar sobre o mar
Na cama da noite, entristecida
Vem sempre a mesma voz, a discordar
P`ra encomodar, a terra adormecida

Vem falar, de memórias encantadas
Das remotas tragédias, esquecidas
De tantas Caravelas, afundadas
Que levaram, consigo tantas vidas

Mas á cantos, de epopeias do passado
Para esquecer todo o mundo, enlutado
E os seus gritos, de dor alucinantes

Mas será isto assim, sobrenatural?
Ou será a voz, do velho Portugal
A chamar, os mais nobres navegantes

Autor Manuel j Cristino

Fazer a tristeza alegre

Fazer a tristeza alegre
Para os outros enganar
É saber sofrer sozinho
E sorrir p`ra não chorar

Do interior do meu peito
As lagrimas se evaporam
No exterior os meus olhos
Apanham todas e choram

Se eu fosse o dono do mundo
A ninguém faltava o pão
E ao meu amor dava mais
Dava até o meu coração

Um gesto de boa vontade
Fica bem a toda a gente
Repartir com quem não tem
Faz o mundo diferente

O dinheiro nos separa
E faz de nos dois rivais
Nisso somos diferentes
No resto somos iguais

Meu amor se me deixares
Abre a minha sepultura
Faz logo a minha mortalha
P`ra me livrar da tortura

Aquilo que á no meu peito
Eu já todo te entreguei
Tudo que era meu é teu
Sempre foi o que eu sonhei

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

PROXIMO DE PORTIMÃO

PRÓXIMO DE PORTIMÃO
VEJAM O QUE ACONTECEU
ESTAVAM A COPULAR
QUANDO A CRIANÇA APARECEU

Sem a criança saber
Que eles queriam tranzar
Mandaram ela ir buscar
Umas coisas para comer
Ela foi sempre a correr
Inocente e sem noção
Que nessa ocasião
A morte a espreitava
Quando ela regressava
Próximo de Portimão

O João e a Leonor
São mais que irracionais
São duas feras brutais
Sem piedade nem dor
Autores de um horror
Que ninguém mais esqueceu
Que uma criança morreu
ao velos a copular
P`ra ela não ir contar
Vejam o que aconteceu

Depois do acto consumado
A mãe parecia chocada
Mostrava-se preocupada
P`ra enganar toda a gente
Com um ar de inocente
Querendo todos enganar
Tentando tudo ocultar
Daquilo que se passou
Pois quando ela chegou
Estavam a copular

Para nada se provar
Levaram á humilhação
Toda a investigação
Chegando a simular
Onde o corpo podia estar
E como tudo sucedeu
Sabe-se que ela morreu
Porque eles confessaram
Do jeito que a mataram
Quando a criança apareceu
AUTOR MANUEL CRISTINO

És a minha inspiração

És a minha inspiração
E a razão do meu viver
A dona desta aventura
Deste mal que não tem cura
E apenas me faz sofrer

Quero de ti me livrar
Para terminar minha dor
Para curar este mal
Que me pode ser fatal
Preciso de um novo amor

Tu já não és como eras
Perdeste todo o respeito
Já não precisas de mim
Queres a tudo por fim
Agora que te faz jeito

Não tens sensibilidade
Nem do amor nem da paixão
Perdeste quem te adorava
E á muito tempo lutava
Pela tua emancipação

Voltaste á estaca zero
Caíste nas bocas do mundo
Tens o destino marcado
És um barco naufragado
Que em breve ira ao fundo

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Meu amor quero que me digas

Meu amor quero que me digas
Porque te esqueces de mim
Que razão tens a final
P`ra crer a tudo por fim

Diz-me no que foi que errei
Que te tivesse magoado
P`ra me poder defender
Antes de ser condenado

Sabe que o teu silencio
Para mim é um sofoco
De normal já nada tenho
Tudo que tenho é de louco

Por em ti ter confiado
Agora estou a pagar
O preço de uma factura
Que tu me queres cobrar

Só peço que alguém te faça
Sofrer como eu sofri
Com a mesma raiva e dor
Que as vezes sinto de ti

Não sei porque me torturas
Se fui eu que te livrei
Do caminho da desgraça
Onde um dia te encontrei

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Julgas-te linda e vaidosa

Julgas-te linda e vaidosa
Fazes-te até amorosa
P`ra um qualquer enganar
Olha que estas errada
Pensa estar preparada
Para o mundo te julgar

Qualquer homem te faz jeito
Porque tu não tens respeito
Por quem te dedica amor
Penso que tu não entendes
Que a vida que defendes
Não presta nem tem valor

Tu dizias que me amavas
Mas sempre me enganavas
Por seres louca e vadia
Mesmo assim te perdoava
Pois tudo te desculpava
Toda a hora e todo o dia

Pensavas que não sabia
Aquilo tudo que havia
Entre ti e teus amantes
Eu sabia mas perdoava
Porque muito te amava
Desde tempos bem distantes

Pensa só um bocadinho
Para mudar de caminho
Recebe um conselho meu
Para seres admirada
E por todos respeitada
Porque o passado morreu

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

A POLITICA É UMA CRENÇA

A POLITICA É UMA CRENÇA
É COMO NA RELIGIÃO
NÃO TÊM QUALQUER DIFERENÇA
VIVEM A MESMA ILUSÃO

Todos querem um lugar
Em nome do zé povinho
Que julgam de coitadinho
Muito fácil de enganar
Eles andam sempre a tentar
A saber como se pensa
Fazem tudo sem ofensa
Querem chegar ao poder
Acreditem podem crer
Política é uma crença

Dizem ser verdadeiros
Todos dizem ter razão
Ninguém se diz trapalhão
Em tudo são os primeiros
E andam sempre ligeiros
Dependendo da ocasião
Cada qual seu sabichão
Apregoando a verdade
Sinceros na sua maldade
É como na religião

Ministro ou Presidente
Ser Papa ou religioso
É ser grande e poderoso
E dos outros diferente
Para dominar a gente
Impõem a sua querença
Elegantes na presença
E sem de nada esquecer
Tudo que andam a fazer
Não têm qualquer diferença

Julgam-se incomparaveis
P`ra nos fazer entender
É só falar de poder
E de coisas adoráveis
Fazem-se muito amáveis
Por causa da sua ambição
Olhem tanta religião
E política perdida
Por escolher esta vida
Vivem a mesma ilusão

AUTO
MANUEL J CRISTINO

Poetas sejam uma voz universal

Poetas sejam, uma voz universal
A dedicar poemas, aos corações
P`ra ser-mos discípulos, de Camões
Se a ele não conseguir-mos, ser igual

Ser poeta, é saber ser original
Cara que sorri, e coração que chora
Palavra que pinta, aquilo que adora
Ser alvo da morte, e ser imortal

É ser sempre a voz muda, de quem canta
É a terapêutica, que a dor espanta
E se morre um poeta, nasce uma flor

Que se fecundara, multiplicando
Indo pelo mundo assim, contagiando
Discutindo a cantar, quem é seu autor

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

lá vem o romper da aurora

Lá vem o romper da aurora
Dar a noite terminada
O novo dia nasce agora
Obrigado madrugada

A este esplendor divino
Agradeço esta magia
Espero que o sol em pino
Me diga que já é meio dia

Nos vales já escurece
Na lareira a lenha arde
O sol que agora desce
Anuncia o meio da tarde

A luzes por todo lado
Onde o escuro penetrou
Tudo esta transformado
Pois este dia terminou

Com tantos pontos brilhantes
Já se fez noite estrelada
Esses pontos são diamantes
Da negra noite cerrada

Este poema sem destino
É filho da terra amada
Que por obra do divino
Faz a terra encantada

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Vem triste comendo o dia devagar

Vem triste comendo, o dia devagar
Roubando à terra, toda a formosura
E sem respeito, por sol nem por luar
Vem para transformar, toda a figura

E rouba-lhe, o esplendor e o brilhar
Durante horas longas e de amargura
E no breu, só se ouve è lamentar
Porque será assim triste, a noite escura!

È triste, tão medonha e não tem rosto
É perfeita, p`ra fazer tudo oposto
À beleza deste mundo, encantado

Como triste e medonho, é o meu viver
Que só muda nesse dia, que eu morrer
Quando deixo, de ser o condenado

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Aquela flor que eu te dei

Aquela flor que eu te dei
Fui eu mesmo que a apanhei
Como sendo uma qualquer
Mas julguei que era a mais pura
Por nela haver frescura
Do perfume de mulher

Atiraste a flor ao chão
Feriste o meu coração
E o amor que ele guardava
Tu não viste que essa flor
Era a mensagem de amor
Deste homem que te amava

És assim brava a valer
Difícil de compreender
Como queres ser amada
És como o mar alteroso
Quando se faz amoroso
Armando a sua cilada


És uma fera em mulher
Um homem se te quiser
Tem que ser grande leão
Tu és uma fera humana
Que todo o homem engana
Só a mim, é que já não

Pois a flor maltratada
Foi logo ali enterrada
Para ver se floria
Ganhou força ganhou cor
Que simboliza o amor
Seja de noite ou de dia

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

sábado, 5 de dezembro de 2009

A esta pedra dos corvos

A ESTA PEDRA DOS CORVOS
EU JÁ LHE PERDI O AMOR
TENHO FERRUGEM NOS DENTES
E A BARRIGA COM BOLOR

Pedra velha e conhecida
De todos os pescadores
Que te atribuem valores
De que tu não és merecida
Arriscam até sua vida
Sejam lá velhos ou novos
Chegam até a desacordos
Para te virem guardar
Já não posso perdoar
A esta pedra dos corvos

José Nunes vai avisar
João Repolho esta atento
Leonel com seu talento
Gosta de lá ir pescar
Zé Repolho anda a tentar
Por ser um bom pescador
Já tem fama de terror
Da costa de barlavento
Todos lá vão perder tempo
Eu já lhe perdi o amor

Chico Marreiros é o herdeiro
Joaquim Pinheiro o descrente
Pois envolve muita gente
Esta coisa do dinheiro
João dezoito é o matreiro
Que gosta d`lugares quentes
Lá vai dizendo apoquentes
Que aqui não te faço mal
Como eu não á igual
Tenho ferrugem nos dentes

Jacinto arma serrabulho
Nos dias que não pesca nada
José António p`la calada
Vai mantendo seu orgulho
Idalécio faz barulho
Sem proveito nem valor
Acácio julga-se senhor
Manuel Camarinha o gosão
Não te posso dar perdão
Com a barriga em bolor

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu sinto a esperança de mim fugir

Eu sinto a esperança, de mim fugir
Sem alcançar, o amor que procurei
Amor verdadeiro, com que sonhei
Como a flor fechada, se quer abrir

Perdi toda a vontade, de sorrir
Esqueci-me as canções, que já cantei
As flores e os beijos, que te não dei
E quantos contigo, quis repartir

Agora passo o tempo, a meditar
Se haverá mais, outra forma, de eu amar
Que não seja, por força de atracão

Ou será, que amar á minha maneira
Não acende essa chama, que á na fogueira
Que se apagou já, em tanto coração

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Era um dia de sol azul que me queimava

Era um dia de sol azul, que me queimava!
O horizonte parecia, até escarpado
Trazia nas ondas, um tal balouçar
A recordar, um menino embalado!

Estendia seu grande manto, ondulado
Sobre aquela areia branca, que beijava
Por entre o sol que brilhava, entrosado
Trazia monstros marinhos, que pintava

Que belo dia, passado sobre o mar
A inalar, o perfume desse odor
Que só a brisa, pode lançar no ar

E sobre esta emoção, tão divertida
Fiz com o mar, este pacto de amor
A quem eu, já lhe entreguei, a minha vida!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu queria o mundo correr

Eu queria o mundo correr
E a toda a gente dizer
Que a mulher que amo é bela
Foi Deus que me indicou
E pela mão me levou
Para eu ficar com ela

Ela é mais que uma senhora
Ela é rainha e doutora
Das mulheres é a mais linda
É dona de uma beleza
Maior que qualquer riqueza
E pode ser ser maior ainda

Eu quero ao mundo mostrar
Esta maneira de amar
A pessoa mais querida
Porque amar é a maneira
De por fim á brincadeira
E dar rumo á própria vida

Quero que toda a gente veja
Com ciúme e até inveja
A maneira de eu te amar
E que esta minha paixão
Sirva ao mundo de lição
P´ra quem quiser estudar

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

OUÇA LÁ Ó SENHOR QUEM

OUÇA L´A Ó SENHOR QUEM
TENHO ISTO P´RA LHE DIZER
SE DE FACTO É ALGUÉM
GOSTAVA DE O CONHECER

O juízo que fez de mim
Foi de simples ignorante
Caçador irrelevante
Sem ter principio nem fim
Mas olhe que não é assim
Se o senhor pensar bem
Vê que um caçador tem
frases p`ra rir e brincar
Que não se deve aproveitar
Ouça-me lá ó senhor quem

Em tudo que escreveu
Mostrou ser um mau poeta
Ou do nada um profeta
Foi o que mais me pareceu
Com certeza que esqueceu
Que é preciso se saber
Vá lá primeiro aprender
Aquilo que lhe faz falta
P`ra melhor julgar a malta
Tenho isto p`ra lhe dizer

Se for tão bom caçador
Como fez essa poesia
Vá p`ra coisa da sua tia
Deixe de ser impostor
Aprenda a ser um senhor
Nunca esqueça porem
Que se fizer tudo bem
Quando outro for julgar
Terá muito que ganhar
Se de facto é alguém

quando souber quem você é
Chego-lhe doutra maneira
Passa por brincadeira
Embora com certa fé
Mostrar-lhe que não sou zé
P´ra voce não esquecer
Deve dar-se a conhecer
Como sendo o tal caçador
Esse poeta impostor
Gostava de conhecer


AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Os teus olhos meu amor são fascinantes

Os teus olhos meu amor, são fascinantes
E trazem os meus, loucos de pensar
Porque expões assim, os teus lindos diamantes
Sem ter receio, que alguém te vá roubar

Fazem os olhos meus, ficar triunfantes
Nos meus sonhos e lutas, de te amar
Troco mundos, por astros dominantes
Tentando assim, teus olhos encantar

Os teus olhos meu amor, são rios dourados
Enigmas, de outra vida do passado
São jardins brilhantes, lagos prateados

Descidos dos céus, p`ra viver em mim
Para dizer ao mundo, renegado
Que as belezas do mundo, não têm fim

AUTOR
MANUEL J RISTINO

Eu já vejo no teu olhar

Eu já vejo no teu olhar
Que o teu doce coração
Anda querendo arranjar
Uma outra nova paixão

Eu queria ser escolhido
Desse olhar encantador
Ser sempre o teu preferido
Nesses teus jogos de amor

Eu queria ser teu guião
P`ra te dar felicidade
E dar-te o meu coração
Em troca de amizade

Podes só olhar para mim
P`ra ficar enfeitiçado
Eu quero ser até ao fim
O teu príncipe encantado

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu sou velho tu és novo

Eu sou velho tu és novo
Eu já te dei o meu lugar
E tudo mais que era meu
Pareço ser um estorvo
Que só sei atrapalhar
No mundo que agora é teu

Mas não esqueças amigo
Nasceste depois de mim
E se de novo passares
Hades dizer o que eu digo
E teras o mesmo fim
Quando a velho chegares

És um retrato de mim
E um dia serás igual
Ao teres a minha idade
Também tu serás por fim
Um sofredor deste mal
Que é dura realidade

Respeita teu semelhante
Assim serás respeitado
Aprende a minha lição
Serás um homem brilhante
Com o mundo a teu lado
Em qualquer situação

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Maldito silencio este

Maldito silêncio este!
Porque continuas assim
Silencioso silêncio?
Para esconderes a verdade
Dos ignorantes?
Ou para adormeceres
A inocência dos inocentes
Que vivem crescendo sem pensar?
Ou será para esconderes a tua culpa
Essa culpa imperdoável?
De continuares a ser silêncio!
Quando ai tão próximo de ti
E até para lá do infinito, horizonte
Os canhões, as bombas e as balas,
Não se calam e matam!
E vão continuar a matar
Tudo aquilo que tem vida,
Com ou sem rosto!
Vêm de todo o lado
Da terra, do mar, ou do ar,
Não param flagelar
Os genes da tua carne!
Essa força destruidora
Espalha o cheiro a morte!
Por todo o lado que passa
A sua sentença é a morte
Tudo é julgado á lei da bala
Por essa brutalidade impiedosa
Resultante do poder das armas!
E tu silêncio não dizes nada
Vais continuar assim silencioso?
Não te juntas as palavras doridas
Dos teus irmãos de carne
Que choram outros irmãos
Que morrem injustamente?
Não te juntas ás vozes dos aflitos
Dos fracos e dos oprimido
Que morrem esmagados
Pelo puder da ganância e do dinheiro?
E tu não ergues a tua voz
Contra o devasso de humanos
Cujos corpos são esfacelados
Pela brutalidade da guerra?
Onde o ódio e a vingança
Se manifestam de formas tão cruéis
Por todas as terras devaçadas?
Por lá, apenas resta a esperança!
Porque não ergues a tua voz silêncio?
Ao lado da dor eterna de quem sofre
Pelas vitimas da guerra, vivas e mortas!
Porque ficas indiferente ao grito?
Contra tanta tirania dos poderosos
Que matam e mandam matar!
Sai do teu silêncio
Para incomodas os tímpanos dos homens
Até que se recuzem a pegar em armas!
Sai do teu silêncio
E não te cales mais enquanto o respeito
Não for duradouro e universal!
Eu te condeno a deixares o silêncio
Enquanto a paz na terra, não for plena!
E só depois da morte das armas, serás livre
Para voltar a ser silêncio!
E serás tu que silenciosamente
Reuniras toda a gente no palco do jardim da liberdade
Em respeito a todas as vitimas da guerra!
E depois dessa silenciosa omenagem,
Um grito de liberdade, paz e justiça,
Que se propague ao longo do universo!
Onde se ouça uma só voz gritando
Chegou a paz, chegou a liberdade,
Deixem dormir as crianças!
E recitem eternamente, silêncio! Silêncio,! Silêncio!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Se eu detive-se o poder

Se eu detive-se o poder
Que se diz que Deus detém
Dava tudo o que faz falta
Nada faltava a ninguém

Há por ai muito poder
Mas é um poder diferente
Em vez de fazer o bem
Faz é mal a muita gente

O poder dos poderosos
Têm raízes bem distantes
Que se valem da desgraça
Dos pobres e ignorantes

Á poderes políticos
E outros são religiosos
Há poderes que não são
Mas outros são mafiosos

Poderes subnaturais
Muitos se dizem possuir
Mas servem-se dos aflitos
Só em nome de os servir

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Levo o dia a trabalhar

Levo o dia a trabalhar
Não ganho para comer
Ás vezes chego a pensar
Que mais valia eu morrer

Eu já sou a carne e o peixe
Para o rico engordar
Sou também o pão e o vinho
Que não lhe pode faltar

Sou o calçado que calça
Carpete e passadeira
E sou quem o faz brilhar
Até o perfume que cheira

Sou cadeira e sou sofá
E a cama para dormir
Sou todo suor derramado
Para o rico dividir

Faço de tudo na vida
Muitas vezes de palhaço
Outras vezes de cachorro
P´ra guardar o ricalhaço

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

A vida do pescador

A VIDA DO PESCADOR
É de TODAS A MAIS DURA
É LUTAR DE NOITE E DIA
COM AUDACIA E BRAVURA

Quando o mar lhe faz feição
Todos os dias vai pescar
Com ideia de ir ganhar
Dinheiro para o seu pão
Mas em tanta ocasião
Por conta do seu labor
Nem um tostão de valor
Para seu pão ir comprar
É mesmo assim com asar
A vida do pescador

Ele tem que o mar conhecer
E andar sempre alerta
Para que na hora certa
Não se deixe surpreender
Com sua coragem e crer
Não teme sua aventura
De enfrentar a loucura
De qualquer onda perdida
É por isso que a sua vida
De todas é a mais dura

Trabalha continuamente
Ás vezes sem descansar
Sempre disposto a lutar
Para ele é indiferente
Mostrando a toda a gente
Que tem sempre alegria
Esquecendo sua agonia
Para os outros enganar
Para o sustento ganhar
É lutar de noite e dia

Homem forte e abnegado
É rude e inteligente
Daquele tipo de gente
Que deixa tudo pasmado
Tantas vezes mal julgado
Por não ter muita cultura
É filho da desventura
E da pesca é pioneiro
Será sempre aventureiro
Com audácia e bravura

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Vejo no azul dos Céus um sedutor

Vejo no azul dos céus, um sedutor
A sua cor de cambraia, me contagia
Que traz aos meus olhos, tanta magia
Como á minha boca, poemas de amor

É sinfonia, de luz e de esplendor
É doçura de beijos, no teu olhar
É como a luz, do sol ao despertar
E o perfume intenso, de qualquer flor

Os beijos que te dei, por brincadeira
Tornaram-se, em Historia verdadeira
Que não foi mera coisa, de ocasião

P`ra conseguir beijos teus, tudo fiz
Acredita que hoje, vivo feliz
Alimentando em mim, esta paixão

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Longe dos humanos

Longe dos humanos,
Embrenho-me na selva
Vagueio de um lado, para o outro
E por momentos repouso,
Num cadeirão de pedra feita
Muito imperfeita,
Aqui repouso e ganho forças
Para as batalhas naturais
Com animais e plantas,
De linguagem diferente,
Na natureza pura e única,
Cada vez mais austera e condenada
Aqui tudo se insulta e nada se ofende
Aqui tudo se estuda
Porque a ciência é natural
É pura, cega e muda,
É aqui, que viajo pelo mundo inteiro
Nas asas do pensamento,
É aqui, que desabafo sem oposição
E muito falo e grito,
Sem perturbar o silencio
É aqui, que serro os dentes
Para morder de raiva
A morte que mata,
Aqui imóvel, castigo e torturo, o poder injusto,
Visível e invisível,
É aqui, que intimo os deuses e os demónios,
E os interrogo da razão, de tantas catástrofes,
E de tantos mortos inocentes,
E nem uns, nem outros, me respondem
E por isso eu digo, são todos iguais!
É aqui, que pergunto ao mar,
Onde jazem as almas, das vidas que rouba
E faz desaparecer?
É aqui que pergunto, a todas as forças do bem e do mal
Para que serve a vida que nos dão?
Se depois nos roubam!
Aqui pergunto tudo, o que não sei,
E ainda hoje, tal como ontem,
Sei apenas, que nada sei.

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Se for velha e feia uma paciente

Se for muito velha e feia, uma paciente
Deve-se despachar, com rapidez
Para que não volte mais outra vez
Ou julgar que é bem vinda como cliente

Mas se for bonita, já è diferente
Faz-se-lhe tudo bem, para agradar
Olhe se faça favor, pode entrar
Então diga-me lá, como se sente

Então dói-lhe á frente, ou dói-lhe atrás
Importa-se de deitar, se é capaz
Então isso que aconteceu foi de repente

Quero vela por cá, sempre que puder
Para o seu mal curar, se vós quiser
Se quiser pode passar, diariamente

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu lá fui pelo rio a cima

EU LÀ FUI PELO RIO A CIMA
ENCOSTEI NO AREAL
O MEU AMOR FICOU PRESO
Á BELEZA DO SEIXAL

Não sendo eu marinheiro
Sempre fui um sonhador
Queria ser navegador
Nem que fosse dum veleiro
Eu fiz então de barqueiro
Com muita auto estima
Fiz da rota a minha rima
Que me deu muito prazer
Foi ao acaso sem saber
Eu lá fui pelo rio a cima

Coragem não me faltava
Armei-me em Capitão
Para cumprir uma paixão
Que á muito me apaixonava
Quando menos esperava
Já tudo me corria mal
Foi um momento infernal
Com minha vela rasgada
E sem poder fazer nada
Encostei ao areal

Como náufrago fiquei
Por ali desesperado
Enquanto eu tive parado
Tive tempo e reparei
E em pouco tempo pensei
Fora de mim este peso
Porque não é um desprezo
Ter encalhado na margem
Olhando bem a paisagem
O meu amor ficou preso

Sem saber o que fazer
Num sitio desconhecido
Nunca me dei por vencido
E acreditei no meu crer
Foi fácil eu perceber
Não ter visto nada igual
Que por ser original
Fez eu ficar convencido
Não haver nada parecido
Á beleza do seixal

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

O mar deixame intrigado

O mar deixa-me intrigado
Com o seu comportamento
Hora calmo hora alterado
Nunca esta sossegado
Quem manda nele é o vento

É rico e também ladrão
Não se consegue entender
Mar é como o vulcão
Que segundo a tradição
Ninguém o pode deter

Mata a fome a muita gente
Rouba a vida é natural
Tem o vento como aliado
Investe por todo o lado
Sempre de forma brutal

O mar é também poesia
Que até nos pode encantar
Á nele muita magia
Que durante noite e dia
Não para de balouçar

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Estou farto de dizer

Estou farto de dizer
Que é preciso esquecer
A paixão que terminou
Esta morta e enterrada
Entre nós não á mais nada
Tudo entre a gente acabou

Tu vê bem que nosso amor
Nasceu como uma flor
E morreu tal como ela
E quando á algo que morre
Primeira coisa que ocorre
É não pensar-mos mais nela

Amigos podemos ser
Para todo o mundo ver
Que nós somos racionais
Amizade é um valor
Que não precisa de amor
Entre pessoas normais

Não se pode acreditar
Que podemos conquistar
A pessoa que queremos
Porque isso é só loucura
Ou é mal que não tem cura
E em vez de ganhar perdemos

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu te pergunto ó mar porque razão

Eu te pergunto ó mar, porque razão
Porque andas sempre assim, a balouçar
Quando te olho, fico sempre a pensar
Sem poder encontrar, explicação

Penso em ti, para minha inspiração
Quem te deu tanto poder, de assassino
Como encantas tu, graúdo e pequenino
E porque és tu, esse monstro de atracção

Cemitério e mitos, tradicionais
Encerrando segredos, infernais
Que para nos humanos, é esquisito

És força, desmedida p`ra vencer
Que o homem, pergunta a Deus para saber
Que poder é esse, sempre infinito

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Quando pensei em imigrar

Quando pensei em igrar
Nem parei para pensar
Tomei logo a decisão
Numa mala já usada
Meti tudo quase nada
E até a minha canção

Adeus pátria mal fadada
Adeus mulher minha amada
E adeus amigos leais
Adeus irmãos e sobrinhos
Adeus todos os vizinhos
E adeus queridos pais

De manhã quando parti
Da mulher me despedi
Em novembro dia nove
Com lágrimas lavei os beijos
Das bocas cujos desejos
São iguais em qualquer pobre

Ás sete horas abalei
Para traz tudo deixei
Mesmo a quem mais amava
Fiz da tristeza alegria
Para ver se escondia
Essa dor que me apertava

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

SANGUE DA MINHA VIDA

SANGUE DA MINHA VIDA
QUE ME PASSA O CORAÇÃO
ÉS O AMOR QUE EU NÃO TINHA\
QUE ME TROUXE ESTA PAIXÃO

Tu és como a natureza
Tudo em ti posso encontrar
És a terra e és o mar
Com toda a sua riqueza
És paraíso e beleza
És chegada e partida
És fruta apetecida
És a estrela que me guia
Toda a noite e todo o dia
Sangue da minha vida

És todo o meu universo
És o sol que me aquece
Memória que não esquece
Tudo aquilo que te peco
És a força do progresso
De toda esta minha acção
És a força da razão
Da minha felicidade
Com toda a tua amizade
Que me passa o coração

És a força que á em mim
Como fonte de energia
És o pão de cada dia
Que nunca chega ao fim
E sempre será assim
No futuro se avizinha
Já que quiseste ser minha
Por seres aquilo que eu digo
Viver sem ti não consigo
És o amor que eu não tinha

És o jardim e o perfume
Que brota de qualquer flor
Tens assim todo o valor
Para mim tu és o cume
A razão do meu ciúme
És um íman de atracção
De justiça e de razão
Para decidir por mim
É por tu seres assim
Que me trouxe esta paixão

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

NO NATAL Á SEMPRE LUZ

No natal há sempre luz
Não podemos esquecê-la
Por ter nome de Jesus
Nunca me cansava de vê-la

Se recordar o Divino
Recordar sempreo Natal
E recorda Deus Menino
Com carinho maternal

Essa luz é diferente
Nunca podemos perdê-la
P`ra ter Natal permanente
É não perder essa estrela

Há no natal um poder
Tão forte tão fraternal
Que faz eu não esquecer
Do presépio de Natal

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

NAVEGO NO ESPAÇO ENTRE OCEANOS

Navego no espaço, entre oceanos
Em busca nas galáxias, dum trofeu
Mítico paraíso, chamado Céu
O lugar dos chamados, soberanos

Vivem todos mortais estes enganos
Acreditando em coisas, que no breu
Á tanto tempo atrás, nunca aprendeu
Aonde repousa, a alma dos humanos

De todos, eu queria ser, o mais crente
No mundo explicar, para toda, a gente
Tudo que esta minha luta, prospera

Só queria conhecer bem, todo império
Que desde sempre, fez este mistério
Para quem nasce e morre, aqui na terra

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

A natureza é tão bela

A natureza é tão bela
Para quem vive com ela
E a consegue entender
Invisíveis flores lindas
A dar-nos as boas vindas
Em sementes por nascer

Arvores envelhecidas
Parecem mulheres despidas
Querendo acasalar
Espermas em movimento
Esperam que o sexo vento
As leve p´ra fecundar

Pássaros esvoaçando
Sons na terra penetrando
Como por obra ou magia
Tudo tem vida a dançar
Numa dança de encantar
A terra com melodia

O sol deixa de encantar
Vai uma dança terminar
E outra logo vai nascer
Agora dança a memória
Do dia só resta a historia
Até vir o amanhecer

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Esquecer para quê mas porque não

Esquecer para quê, mas porque não
Talvez a saudade, seja mais forte
Para que nada mais, eu me importe
Esqueçamos, por fim toda a paixão

Desperta-me esta luz, no coração
Só de pensar poder, verte até a morte
Mas nada porem á, que me conforte
Já que tudo não passa, de ilusão

Amor, quantas vezes já te esqueci
Para mais loucamente, me lembrar
De tudo que contigo, já reparti

Quem me dera, que sempre fosse assim
Viver sem nunca mais, te recordar
Reservando, a saudade para mim

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu não sei bem quem sou nem o que faço

Eu não sei bem quem sou, nem o que faço
Eu sou somente, sombra mas de alguém
Um reflexo, que não sabe de onde vem
Ou então, o espelho real, de meu fracasso

Como qualquer vento, a soprar no espaço
Que faz tudo aquilo, que lhe convém
Como doido que embarca, num vaivém
Vivendo a vida simples, dum palhaço

Sou um verme, que um dia pensou ser gente
Com a forma de alguém, mas diferente
Mas que este mundo não, vai permitir

Pois eu não sei quem sou, para mudar
Num mundo que devia, mesmo acabar
Para do nada voltar a emergir!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Se um dia também amares

Se um dia também amares
Que tu sejas castigada
E tudo que conquistares
Nunca te sirva de nada

Que todo o meu sofrimento
Te seja contagiante
Que não vivas um momento
Feliz em cada instante

Pois só assim saberás
Que não se brinca ao amor
Desta forma pagaras
Sentindo a mesma dor

Ó Deus que estas no céu
Fazei de juiz sagrado
Faz dos dois o mesmo réu
Para ser por ti julgado

Deus do mundo imperfeito
Onde á maldade e rancor
Fazei o mundo a teu jeito
Sem maldade e mais amor

AUTOR
MANUEL J RISTINO

NA GRAÇA DE CADA OLHAR

Na graça de cada olhar,
Há desejos, sonhos tantos
Dentro de nós a cantar
Alcácer e seus encantos

Ao ver os olhos de alguém
Podemos ler na verdade
Ou ver se tem maldade
Como tanta gente tem
Mas nestas coisas porem
Muitas ficam se calhar
Sem nelas se reparar
P`ra fazer bem a leitura
Para evitar a censura
Na graça de cada olhar

Desejos são ambições
Sonhos são pesadelos
Pensar em esquece-los
É ter mais recordações
Que nalgumas ocasiões
Perde-se assim os encantos
Perdidos que são os mantos
Como muralha caída
No decorrer desta vida
Há desejos, sonhos tantos

Porque razão se perdeu
Sonhos de grande valor
Como qualquer sonhador
Ou mesmo quem mais sofreu
Quando sonhava morreu
Ao querer tudo guardar
Nessa canções de embalar
Ao sentir nossos desejos
Com uma graça de beijos
Dentro de nos a cantar

Alcácer foi Vila nobre
Parte da nossa história
Terra feita de glória
Durante o tempo mais pobre
Foi terra rica e nobre
Seus valores eram tantos
Que provocaram espantos
Ao longo do seu passado
Julgam-te ser encantado
Alcácer e seus encantos

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

É nas flores que eu revejo

É nas flores que revejo
Meus amores importantes
Elas recordam um beijo
Para matar um desejo
Que é comum aos amantes

A diferença das flores
Tem reflexo na gente
Diferentes nos odores
Na raça e até nas cores
Há coisas bem diferentes

É lindo o seu visual
Quanto mais variada a cor
Sempre o mesmo ritual
Provocando o seu rival
Quando se trata de amor

Sou fã da semelhança
Das mulheres e das flores
Guardo sempre esperança
Que algum dia por lembrança
Façam flores dos amores

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Na tua forma de olhar

Na tua forma de olhar
Tens um jeito de encantar
Que me faz gostar de ti
No teu sorriso á ternura
Á sempre a mesma doçura
Desde que eu te conheci

No andar tu és formosa
Muito mexida e vaidosa
Querendo homens atrair
Exibes-te com presunção
Para chamar a atenção
O primeiro que surgir

Julgas-te encantadora
Formosa e sedutora
Para os homens conquistar
Não te importa a qualidade
Somente a quantidade
Para contabilizar

Tu até sorris de graça
P`ra qualquer um que passa
A olhar o teu sorriso
Alguns ficam a pensar
Que o teu sorriso a final
É de quem não tem juízo

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Josefina tem o nome

Josefina tem o nome
Mais lindo que conheci
E a dona dele a mulher
A mais bela que eu já vi

Quem me dera ser o dono
Da dona do nome lindo
Traze-la colada ao peito
A ver seu rosto sorrindo

Quem me dera ser ladrão
Para te poder roubar
E guardar-te em segredo
Para só eu te tocar

Das mulheres és a rainha
Para os Homens encantar
Que do santo ou príncipe
Querem contigo casar

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Quando olho mulher bonita

QUANDO OLHO MULHER BONITA
EU SINTO UM CERTO MAU ESTAR
A TEMP`RATURA A SUBIR
E O HIDRÁULICO A LEVANTAR

Por ser homem sou assim
Sem ter culpa de assim ser
Ás vezes mesmo sem crer
Deixo fazerem de mim
Tanta coisa até ao fim
Mesmo não sendo bonita
E por vezes esquisita
Sem a poder dominar
Que até julgo ser azar
Quando olho mulher bonita

Se eu pode-se dizia tudo
O que se passa comigo
Á coisas que eu não digo
Não é porque seja mudo
É sempr um caso bicudo
Se eu começar a contar
Ninguém vai acreditar
Naquilo que vou dizer
Quando as digo podem crer
Eu sinto um certo mau estar

Até parece uma doença
Dá-me calores e frios
Até me da arrepios
Ao sentir sua presença
Sinto também diferença
No que me vem a seguir
Mesmo querendo fugir
Eu não sei como fazer
Penso apenas no prazer
Da temp`ratura a subir

Tenho sempre esta reacção
Que é difícil explicar
Até me dá p`ra variar
Em qualquer ocasião
Sinto subir a pressão
Sem a poder controlar
Sinto tudo a dilatar
E vou ficando alterado
Com tudo acelerado
E o hidráulico a levantar

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Já me segues noite e dia

Já me segues, noite e dia
Não me deixas sossegar
Já não me deixas ter paz
Queres-me a vida roubar

És o mal que me atormenta
A febre que me põe louco
Já não sei se é noite ou dia
Vou morrendo pouco a pouco

Já ninguém te da detido
Tu és a morte, a afinal
És o fim da dinastia
Desta vida infernal

Não quero lamentações
Nem lágrimas para chorar
Meu sofrimento acabou
Devem sorrir e cantar

Já sufocaste os meus gritos
A minha voz terminou
Só esta morte é culpada
P`lo tempo que demorou

De vós eu quero um perdão
Por todo o mal que lhe fiz
P`ra poder morrer em paz
Tenho que morrer feliz

Glória á negra morte
Quando só ela é solução
P´ra mata o sofrimento
De quem não tem salvação

Não esqueçam de cantar
Como muita gente faz
Morreu esta descansado
Agora encontrou paz

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Neste quintal vedado

Neste quintal vedado
Onde tudo terminou
Todo o mortos é plantados
É assim lugar sagrado
Para quem já acabou
O tempo por cá passado

Terra de negro vestida
Onde a morte é enterrada
E resta a recordação
Mora aqui o fim da vida
Tudo se reduz a nada
Quando para o coração

As pedras aqui são ossos
A terra é vida morta
E as flores fotografias
Termina aqui os esforços
De morte se faz a horta
De tristezas e alegrias

Plantam-se aqui poetas
Doutores e cientistas
Sementes q`não brotarão
Há lugar para atletas
Para músicos e artistas
Que ja foram e hoje não

O ódio enterra-se igual
Ao ciúme e ao amor
Com alegria e tristeza
Sempre o mesmo ritual
A morte é causa de dor
Da miséria ou da riqueza

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

SAÚDADE É SEMPRE O QUE RESTA

Saudade é sempre o que resta
Do que partiu ou ficou
Criança roubada
Barreira erguida
Fronteira fechada
Ou gente separada
Saudade é dor,
De divorcio, por distancia
Quanto mais distante, mais dói
Saudade é silêncio
Que grita sozinho
Em sufoco e sofrimento
Saudade é irmã do vento
Que com asas de cérebro
Atravessa barreiras e fronteiras
Falando esperanto
Sorrindo ou chorando
Cantando ou gritando
Saudade Saudade
Hai que saudade!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Ouve mar louco meu inconstante mar

Ouve mar louco, meu inconstante mar
Tenho tanto, receio do teu bramir
Recuso com pavor, ter que assistir
As tuas investidas, e teu rosnar

Gostas de vento, para te agitar
Como monstro, que és vás então reagir
Soltas gargalhadas, para investir
Por seres protegido, pelo luar

Sabes há quem te odeie, ó adamastor
São essas Mães, de memórias e de dor
P´los filhos, que tu lhe andas a roubar

Andam tristes, porque então perderam
Os filhos, que nunca te venceram
E agora, só lhe resta é protestar

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Nesta dor á um mistério

Nesta dor há um mistério
Que me magoa e faz sofrer
Saudade, é assunto sério
Difícil de entender

Faz sofrer o coração
Sempre que há despedida
Mas se há separação
Vive-se só meia vida

Pois se for longa ausência
Fere qualquer sentimento
Destrói nossa paciência
Num vai vem, do pensamento

No meu pensamento, anda
Tudo que anda no vento
Anda ai por toda a banda
Em constante movimento

Rapidez e liberdade
Tem que o pensamento ter
Para atenuar a saudade
E assim se poder viver

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Que magia á neste luar

Que magia á neste luar, que me seduz
Para tocar assim, meu coração
Seu contágio me dá, grande atracão
Que erradia, da beleza da sua luz

Neste luar há mitos, lendas de amor
Descritos p`los mais velhos, com paixão
Envoltos de pura, superstição
Quando falam, do Astro dominador

Vem luar lindo, mostrar-te bem como és
Traz as rosas da cor, de uma paixão
E volta á minha rua, a beijar-me os pés

Banhando-me da tua luz, tão sensual
Vem sim cantar, essa muda canção
E falar, do teu poder Universal

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Ó MÃE PATRIA DIZ-ME LÁ

Ó mãe Pátria diz-me lá
Porque de filho me chamas
Desde o dia em que nasci
Como Mãe nunca te vi
Sou filho que tu não amas

Teus filhos são diferentes
Tens distintos até nobres
Muitos também abandonados
Esquecidos mal tratados
Alguns ricos outros pobres

Porque tenho vinte anos
Já me queres perfilhar
Queres minha identidade
E roubar-me a liberdade
Enquanto for militar

De mim nunca te lembraste
Sempre fui por ti esquecido
Fui teu filho abandonado
Faminto e mal tratado
Tanto que eu tenho sofrido

Dizes que já sou adulto
Depois dos dezoito anos
Disso não estas esquecida
Interferes-me na vida
E alteras os meus planos

Podes chamar de filhos
Aqueles que amparavas
Minha mãe nunca serás
Se tu fosses mãe capaz
Nunca me abandonavas

Passei por tudo que é mau
Negaste-me a formação
Sou o teu filho bastardo
Tudo que é mau me foi dado
Menos o direito ao pão

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

MÃE FAZ HOJE ANOS

Mãe faz hoje anos
Que foste filha,
Assim como tu amaste,
A quem te deu vida,
E eternizaste esse amor,
Também eu te amo Mãe!
E faço meu o teu verdadeiro amor,
Como pedaço de ti,
Amo-te da mesma maneira
Que tu amastes e amas
Aquém te deu vida!
Quero que nunca esqueças
Que o meu amor por ti
Será eterno Mãe!
Será assim por toda a tua vida
E quando eu poder faltar
Direi o mesmo Mãe!
Enquanto eu viver
Te amarei sempre
E com toda a minha força
Direi, sempre te amei,
Sempre te amarei,
Em vida
E depois dela,
Mãe!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Tu sabes que te guardo

Tu sabes que te guardo
Dentro do meu coração
Passas por mim não falas
Com ar de provocação

Quando me fazes sofrer
Tu tens mais felicidade
E até te julgas alguém
Quando usas tua maldade

Humildemente eu espero
Quando te vou responder
Será depois do dia
Que o amor por ti morrer

E vendo felicidade
Quer de noite ou quer de dia
E andarei por toda a parte
Mostrando minha alegria

É louco aquele que sofre
Por quem não tem coração
Morrer como um solitário
É melhor de que paixão

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Meu coração é maldoso

Meu coração é maldoso
Um dia sim um dia não
É coração amoroso
Pouca vez me da repouso
É louco o meu coração

Meu coração me transmite
Toda e qualquer sedução
Quer que nele acredite
Ele nada mais me admite
É louco o meu coração

O meu coração é assim
Não posso ter opinião
Desde do inicio ao fim
É ele que manda por mim
É louco o meu coração

Meu coração é vibrante
Quando tem grande emoção
Por vezes é inconstante
Mas é muito aliciante
É louco o meu coração

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu vos faço este poema

Eu vos faço este poema
Ao homem dedico o tema
P`ra falar de liberdade
Eu gostava de saber
O que tu tens a dizer
A esta desigualdade

Para quê esta barreira
Tanto limite e fronteiras
Imposto á humanidade
Para quê tanta promessa
Tanta coisa controversa
E falta de honestidade

A liberdade é utopia
Quem dela beneficia
É sim o peixe graúdo
Todo que não respeita
E a nada se sujeita
Como faz o mais miúdo

Ninguém áde conhecer
Ao homem ter o prazer
De ser livre como o vento
O limite e a censura
É mal que não tem cura
Que vem em qualquer momento

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Há muitos que têm olhos

Há muitos que têm olhos
É o mesmo que não ter
Eu não sei porque não vêm
Tudo o que eu consigo ver

A forma como te vejo
Pois não tem explicação
Vejo-te em todo o lado
Tudo me faz confusão

Mesmo a dormir te vejo
Quando não estou consciente
Sonho contigo acordado
Tudo em mim é diferente

Á muito que te observo
Com vontade de entender
O que á em ti diferente
Que não consigo esquecer

Eu tenho a convicção
Que isto não seja normal
Ou será pura ilusão
De uma visão irreal

O tempo vai encontrar
Resposta p´ra tudo isto
Dando-me toda a razão
Naquilo que tenho visto

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu tenho saudades de ver o inverno

Eu tenho saudade, de ver o inverno
Ver como a trovoada, se precipita
Como ela se transforma, num inferno
E por vezes se torna, tão bonita

Porque na luz dos raios, eu nunca vejo
A beleza que á neles, no clarão
Mas olho no arco-íris, e com desejo
Para satisfazer, minha paixão

Mas eu queria no entanto, perceber
Porquê toda a magia, deste meu crer
Quando algo se torna, fenomenal

Durante os milénios, que já passaram
Foi bem pouco aquilo, que nos mostraram
Para provar que isto, seja normal

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A pensar eu viajei

A pensar eu viajei
P`lo mundo inteiro andei
Da verdade eu fui agente
Só vi ódio e malvadez
Em grego ou em Chinês
Não á nada diferente

Andei de Pais em Pais
Vi muita gente feliz
E miséria em todo o lado
Gente que tudo domina
Levando outros á ruína
Neste mundo injustiçado

Em toda a parte foi igual
Uns estão bem outros mal
A justiça não existe
O dinheiro é o poder
Serve de arma p`ra vencer
Aquele que lhe resiste

As liberdades são poucas
E o pão de algumas bocas
Que a ele têm direito
Para o resto a repressão
Nem liberdade nem pão
Ou tudo menos respeito

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

A falta de pudor da mocidade

A falta de pudor, da mocidade
É luxúria, pagã e é safadeza
É frenesim, constante de maldade
É desprezo p`lo são, pela pureza

Querem viver na sombra da verdade
Sobre este manto rude, da tristeza
Vejo meus cadilhos, nessa maldade
Não vendo para eles, qualquer defesa

Eu trago rosas verdes, de esperança
Em minhas mãos, as preces de mudança
No meu peito trago, punhais e dor

Minha consciente voz, já me anda rouca,
Eu hoje posso dizer, por minha boca,
Que parem de atentar, contra o pudor!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

GOSTO DO AMOR QUE TENHO

Gosto do amor que tenho
Com o nome de Idalina
Por ser mais que uma senhora
Com uma cara de menina

Quando está junto de mim
Está sempre apaixonada
Só quer que lhe dê beijos
Não precisa de mais nada

Ai Ai Ai
Este amor é especial
Tem tudo aquilo que eu gosto
Não conheço outro igual

Esta mulher me fascina
Até me faz andar louco
Tudo aquilo que fazemos
Para mim é sempre pouco

Nesse seu jeito de amar
Até parece que é louca
Caindo para meus braços
P`ra panhar beijos na boca

Bis Bis Bis


E depois de ser beijada
Fica mais bonita ainda
A nossa paixão aumenta
Este amor que nunca finda

Todos os dias brincamos
De maneira apaixonada
Dando vida ao nosso amor
Onde não lhe faltar nada

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

No que fazemos na vida

No que fazemos na vida
Há algo que nos conduz
Na mensagem renascida
Direitinha p`ra Jesus

Se queremos alcançar
Uma esperança perdida
É preciso acreditar
No que fazemos em vida

É preciso recordar
Que o Natal é mesmo luz
Para Natal respeitar
Há algo que nos conduz

Virgem Maria recordar
É não ficar esquecida
È do Natal se falar
Na mensagem renascida

Com um coração aberto
Tudo o que é bom nos seduz
Seguir no caminho certo
Direitinho p`ra Jesus

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Eu já vi multidões enfurecidas

Eu já vi multidões, enfurecidas
Rugindo contra tantos, malfeitores
Assim como os oceanos, destruidores
Quando roubam, e matam tantas vidas

Vi tantas coisas, assim parecidas
Lutando, contra a praticas do mal
Tendo na violência, toda espiral
Usando de suas forças, desmedidas

Em todas essas lutas, aguerridas
Onde a força, foi sempre a vencedora
Ninguém teve força, para enfrentar

Ás multidões da força, uma mensagem
Que ao fraco condenado, aja a coragem
Para morrer, em silencio a gritar

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

É hora de eu perguntar

É hora de eu perguntar
Se te ando a perturbar
Com a minha poesia
Pode até que meus poemas
Vão-te causar problemas
Em vez de dar alegria

Mas se isso te acontecer
Vais tu ficar a sofrer
Pelo meu atrevimento
Então tu diz-me a verdade
Que eu com minha humildade
Suspendo teu sofrimento

No momento que te vejo
Sinto de novo o desejo
De muito mais escrever
Mas tu com essa nobreza
Vais-me dizer conserteza
Como eu devo fazer

És fonte de inspiração
De uma grande dimensão
De mulher e coragem
Que posso mesmo afirmar
Nunca mais vou encontrar
Alguém á tua imagem

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Apanha-me aquela flor

Apanha-me aquela flor
Que alem vai a caminhar
Leva depois ao jardim
P`ra ficar no seu lugar

Fugiu do meu coração
De dentro do meu jardim
Que guardava no meu peito
E agora fugiu de mim

Correrei a vida inteira
P`ra minha flor apanhar
Depois de ser apanhada
Eu levo-a ao seu lugar

Sei que é muito especial
Tem perfume de mulher
E voltará a ser minha
No momento que quiser

Eu perdi a flor mais linda
Das flores que á no mundo
O meu jardim não tem vida
É um poço sem ter fundo

Guardo-te sempre o lugar
De flor de estimação
No canto do meu jardim
Junto do meu coração

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Os teus olhos são brilhantes

Os teus olhos são brilhantes
O teu rosto encantador
Os teus lábios cativantes
São donos do meu amor

És estrela a cintilar
Flor endémica vestida
És perfume de inalar
Duma fruta apetecida

Tu és melodia de amor
Para quem quiser tocar
És poema e eu sou autor
Para quem quiser cantar

Durante o dia és flor
Fugida do meu jardim
Á noite sonho de amor
Vivendo dentro de mim

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

na tua cara eu bem vejo

Na tua cara bem vejo
Um verdadeiro jardim
Nos teus olhos um desejo
Que nunca chegar ao fim

Teu sofrimento se lê
No brilhar dos olhos teus
Mas por certo ninguém vê
Aquilo que vêm os meus

No teu jardim tudo brilha
Menos a felicidade
Que por certo não partilha
Dum amor com lealdade

No teu jardim florido
Falta ternura e amor
Falta-te um amor proibido
Para te dar mais valor

Pensa na libertação
Rasga águas doutras barras
Liberta o teu coração
Dessas ferozes amarras

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Sinto a ância e desespero

Sinto a ncia e desespero,
Se apoderarem de mim,
Desejo chegar a casa,
E juntar-me a ti,
Fazer a mais rápida
De todas as viagens,
De sonho e realidade,
Deitar-me contigo,
Afagar teu corpo
A beijar a tua sensualidade
A inalar teu perfume natural,
De teu ser femenino
Desnudar-te livremente
Como antes eu fazia,
Sentir os pesadelos a sair de mim,
E levar consigo meus tormentos,
Transformando-os, em flores
Da cor de rosas puras,
Rosas brancas, da cor da paz
Ou da cor incógnita do amor,
Dormir abraçado a ti e sonhar,
Inalar de novo o teu perfume desnudado
Até me sentir embriagado
E sempre abraçado a ti,
Viajando a noite inteira,
A balbuciar o teu nome,
Contigo entre meus braços,
Rumo á nossa felicidade!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Em nome da religião

EM NOME DA RELIGIÃO
ANDAM POR AI A MATAR
FALANDO EM NOME DE ALA
P`RA TUDO JUSTIFICAR

A Religião é uma doença
Comum a muitas pessoas
Julgam-se as únicas boas
A respeitar sua crença
Usam Deus como sentença
Em qualquer ocasião
Só vingança é seu perdão
Mesmo que inclua a morte
Chamam á desgraça sorte
Em nome da religião

È tal seu fanatismo
Que ligam bombas á vida
Para esta ser destruída
E provocar o abismo
Vejam bem este civismo
E o que fazem p`ra reinar
Com o inocente a pagar
Por causa de mafiosos
Que em nome de religiosos
Andam por ai a matar

A medida que o tempo passa
Fica o mundo mais gago
Porque nem Deus nem diabo
Acaba esta desgraça
Pondo fim a esta raça
Que de á tempos para cá
Fala que tudo fará
Para o mundo dominar
Mesmo que seja a matar
Falam em nome de ala

É difícil de entender
Mesmo a muito muçulmano
Porque há tanto tirano
Que anda a matar e a morrer
Que o mesmo será dizer
Que a vida tem que acabar
No mundo em todo lugar
Acabou a segurança
Matam por pura vingança
P`ra tudo justificar

AUTOR
MANUEL J CRISTINO