sábado, 5 de dezembro de 2009

Maldito silencio este

Maldito silêncio este!
Porque continuas assim
Silencioso silêncio?
Para esconderes a verdade
Dos ignorantes?
Ou para adormeceres
A inocência dos inocentes
Que vivem crescendo sem pensar?
Ou será para esconderes a tua culpa
Essa culpa imperdoável?
De continuares a ser silêncio!
Quando ai tão próximo de ti
E até para lá do infinito, horizonte
Os canhões, as bombas e as balas,
Não se calam e matam!
E vão continuar a matar
Tudo aquilo que tem vida,
Com ou sem rosto!
Vêm de todo o lado
Da terra, do mar, ou do ar,
Não param flagelar
Os genes da tua carne!
Essa força destruidora
Espalha o cheiro a morte!
Por todo o lado que passa
A sua sentença é a morte
Tudo é julgado á lei da bala
Por essa brutalidade impiedosa
Resultante do poder das armas!
E tu silêncio não dizes nada
Vais continuar assim silencioso?
Não te juntas as palavras doridas
Dos teus irmãos de carne
Que choram outros irmãos
Que morrem injustamente?
Não te juntas ás vozes dos aflitos
Dos fracos e dos oprimido
Que morrem esmagados
Pelo puder da ganância e do dinheiro?
E tu não ergues a tua voz
Contra o devasso de humanos
Cujos corpos são esfacelados
Pela brutalidade da guerra?
Onde o ódio e a vingança
Se manifestam de formas tão cruéis
Por todas as terras devaçadas?
Por lá, apenas resta a esperança!
Porque não ergues a tua voz silêncio?
Ao lado da dor eterna de quem sofre
Pelas vitimas da guerra, vivas e mortas!
Porque ficas indiferente ao grito?
Contra tanta tirania dos poderosos
Que matam e mandam matar!
Sai do teu silêncio
Para incomodas os tímpanos dos homens
Até que se recuzem a pegar em armas!
Sai do teu silêncio
E não te cales mais enquanto o respeito
Não for duradouro e universal!
Eu te condeno a deixares o silêncio
Enquanto a paz na terra, não for plena!
E só depois da morte das armas, serás livre
Para voltar a ser silêncio!
E serás tu que silenciosamente
Reuniras toda a gente no palco do jardim da liberdade
Em respeito a todas as vitimas da guerra!
E depois dessa silenciosa omenagem,
Um grito de liberdade, paz e justiça,
Que se propague ao longo do universo!
Onde se ouça uma só voz gritando
Chegou a paz, chegou a liberdade,
Deixem dormir as crianças!
E recitem eternamente, silêncio! Silêncio,! Silêncio!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

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