domingo, 31 de outubro de 2010

sou na terra emigrante

SOU NA TERRA EMIGRANTE
O MEU VISTO É LIMITADO
SOU NOMADA SOU VIAJANTE
COM MEU DESTINO MARCADO

Quando me ponho a pensar
Sinto ficar ofendido
Se não tivesse nascido
Eu não andava a penar
Nunca teria que andar
Passo a traz passo adiante
Faço uma vida errante
Sem conhecer meu lugar
Tudo isto me faz pensar
Eu sou na terra emigrante

Quero ter mais liberdade
Assim como o vento tem
Eu não quero ouvir ninguém
Falar mais de igualdade
Já conheço essa maldade
Sendo por ela enganado
Tantas vezes defraudado
Sem ver outro amanhecer
Hoje apenas sei dizer
O meu visto é limitado

A terra que vou pisando
Com seus donos diferentes
Herança de seus parentes
Que uns aos outros vão deixando
Contra isso vou protestando
Alcunhado de ignorante
Julgando ser aberrante
Esta pratica viciada
Já nem posso dizer nada
Sou nómada sou viajante

Tenho que me sujeitar
Nada mais posso fazer
Contra quem tem o poder
Sem dele crer abdicar
Por vezes fico a pensar
Em tudo que esta errado
Que sou marginalizado
Sem minha meta alcançar
Só me resta concordar
Com meu destino marcado

AUTOR MANUEL J CRISTINO

sábado, 30 de outubro de 2010

FORAM MEUS SONHOS IRREAIS

FORAM MEUS SONHOS IRREAIS
AQUELES QUE FUI SONHANDO
VI QUE ERA TARDE DEMAIS
CONFORME FUI ACORDANDO

Vim do nada e nada sou
Apenas sou sonhador
Que sonhava ter valor
Mas de sonho não passou
Tudo que sonhei falhou
Até mesmo os ideais
Agora não sonho mais
Porque nem sonhar consigo
E por isso ás vezes digo
Foram meus sonhos irreais

O que me fazia sonhar
Era querer um mundo novo
Habitado por um povo
Disposto a trabalhar
Sem ninguém o explorar
Como andam explorando
Vejo os meus sonhos voando
E a levar minha razão
Foram sonhos de ilusão
Aqueles que fui sonhando

Tudo de mim se desvia
E o tempo vai encurtando
Sem crer me vou conformando
Com a perda de energia
Vai-me faltando alegria
Nos momentos cruciais
Houveram coisas vitais
P`rós meus sonhos limitar
Só por deixar de sonhar
Julguei ser tarde de mais

Agora só remissão
Já vejo o entardecer
Nada mais posso fazer
Contra tal situação
Estou no fim da missão
É tempo de ir recordando
Despedindo e acenando
Até chegar o meu dia
Entendi minha utopia
Conforme fui acordando
AUTOR MANUEL J CRISTINO

Muitos me querem mal porque não são

Muitos me querem mal, porque não são
De alma pura e nobre, como eu sou
São de mim a silhueta, que ficou
Ou o insulto á, verdade e á razão

São vorazes, da inveja e da ambição
Falsos seres Humanos, que Deus criou
Pois tudo quanto era mau, lhe legou
Á imagem duma pura, maldição

Palavras como golpes de navalha
Visam antecipar minha mortalha
Como se eu fosse o mal, que inunda a terra

Resisto, porque sou justo e sou forte
E não entregarei minha vida á morte
Para não promover heróis de guerra

AUTOR

MANUEL JOÃO CRISTINO

sábado, 23 de outubro de 2010

O amor que me fugio vou perguntar

O amor que me fugiu vou procurar,
Com as penas da vida, irei penando
E a novos e velhos, vou perguntando,
Se viram o meu amor, nalgum lugar,

Sigo o meu caminho, sempre a pensar
Rumar ás Estrelas, com que sonhei,
Ter mais gosto no luar, que descorei,
Na busca dum amor, por encontrar,

Eu já te procurei, por terra e Mar,
Levando o meu manto, p`ra te abraçar,
A onde quer que tu estejas, amor meu

Mas foi meu destino, que disse não
Desviando-me do amor e, da paixão
E em vez da luz do sol, deu-me a do breu

AUTOR

MANUEL JOÃO CRISTINO