terça-feira, 28 de dezembro de 2010

EU JÁ SINTO A ESPERANÇA ME FUGIR

Eu já sinto, a esperança me fugir
Sem alcançar, o amor que procurei
Amor, verdadeiro com que sonhei
Como uma flor fechada, ao crer abrir

Perdi toda, a vontade de sorrir
Esqueci-me, das canções que eu cantei
Das flores e beijos, que te não dei
E quanto, contigo quis repartir

Agora, passo o tempo a meditar
Em muitas, outras formas, que á de amar
Diferentes, da força de atracão

Ou será, que amar á minha maneira
Já não acende, a chama de uma fogueira
De qualquer, um faminto coração

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

no luar á uma magia que nos seduz

No, luar á uma magia que me seduz
Quando ele, vem tocar meu coração
Sou seduzido, pela sua atracão
Da pálida beleza, da sua luz

No luar, há mitos e à, lendas de amor
Descritos pelos velhos, com paixão
Envoltos, de grande superstição
Ao falar, desse Astro dominador

Vem luar lindo, mostrar-te como tu és
Traz rosas de cor, como da paixão
E volta a minha rua, beija-me os pés

Banha-me dessa tua luz, tão sensual
Vem a cantar-me a tua, muda canção
E a falar, do teu poder Universal

Autor Manuel João Cristino

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

FUI FAZER UMA LIGAÇÃO

FUI FAZER UMA LIGAÇÃO
AO BURACO DA TOMADA
FOI GRANDE A DESILUSÃO
A FICHA NÃO DAVA NADA

Eu sou muito experiente
Neste tipo de ligações
E tenho boas condições
Não sou mais um inocente
Vivo alegre e contente
Com toda a minha ambição
Tenho perfeita noção
De como a ficha ligar
P´ro sonho concretizar
Fui fazer uma ligação

Quando á tomada liguei
Senti falta de energia
Perdi alguma alegria
Mas nunca desesperei
Confesso que ainda pensei
Dar a missão terminada
Desistir sem fazer nada
Eu nem podia pensar
Já que a meta era ligar
Ao buraco da tomada

A minha mulher bem viu
O esforço que eu fazia
Perdeu alguma alegria
Mas até troçou e riu
Pois a tudo ela assistiu
Sem qualquer intromissão
A seguir disse-me então
Acabou o teu reinado
Nem a ficha dás ligado
Foi grande a desilusão

Apenas Deus é culpado
Já que a força me tirou
Só a ideia me deixou
Para me ver baralhado
Nunca posso ser culpado
De ter a ficha avariada
Ou até de estar cansada
Por tudo que já passou
Será mesmo que acabou
A ficha já não da nada

AUTOR MANUEL J CRISTINO

O TEU RISO É DESVAIRADO

O TEU RISO É DESVAIRADO
TODA A HORA ME TORTURA
POR SER DESIQUILIBRADO
ATÉ PARECE LOUCURA

Tu ris por tudo e por nada
Sem ter razão aparente
Contagiando a gente
Com essa tua rizada
Que mesmo sem saber nada
Do que se tenha passado
Ficamos rindo ateu lado
Sem de nada perceber
Por isso tenho que dizer
Teu riso é desvairado

Ris de coisas sem ter graça
P´ra fazer os teus festins
Mesmo de coisas ruins
Tu fazes a tua chalaça
Aproveitas a desgraça
P´ra manter essa postura
Desse riso com fartura
Que as vezes te fica mal
Por ser assim anormal
Toda a hora me tortura

Ris do rico e poderoso
Do pobre e do aleijado
Ris de tudo em todo o lado
E até ris do mafioso
Do maltrapilho ou vaidoso
Sem negar o teu passado
Que é de riso exagerado
E tão pouco habitual
Parecendo mesmo anormal
Por ser desequilibrado

Toda a vida ouvi dizer
Que cara de muito riso
Tem sempre pouco juízo
E é dificil de entender
Equivalendo a dizer
Que o dono desta postura
Sofre de mal sem ter cura
Sendo feliz no seu viver
Mas eu vou sempre dizer
Até parece loucura

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

Era tudo virtual quanto imaginava

Era tudo virtual…Quanto imaginava,
Nessa falésia…Sobranceira ao mar,
A onde eu passava…O tempo a meditar,
Nesses sonhos austeros… Que sonhava.

Certo dia passou lá…Quem mais amei
A exclamar! Beija-me poeta… Sem pejo
Apaga meu calor… Com teu desejo!
Surpreso e incrédulo…não lhe liguei

Ao ver-me perturbado…Sem reagir
O seu aspecto febril…Perdeu seu rir
E murmurando baixinho…Exclamou

É melhor…Eu seguir o meu caminho
E a caminhar ia dizendo…Baixinho
Tua chama de outrora… Já se apagou!

AUTOR MANUEL
JOÃO CRISTINO

sábado, 25 de dezembro de 2010

Venha silêncio

Venha silêncio
Muito silencioso
Eu gosto de silêncio
Para mais pensar e meditando
Só no silêncio
Eu vejo o invisível
Ouço o inaudível
Sinto o insensível
E serro os olhos
Para te ver meu amor
E sussurrar ao teu ouvido
Sobre duplo ofegar
Para sentir de novo
Os arrepios, o calor e frio
Ao som das batidas
De dois corações unidos
Beijar-lhe da testa aos pés
A dançar contigo
No crepitar das vagas
Do indomável mar salgado
Subir ao cume E vereaste
E lá bem no cimo, próximo do Céu
Continuar a dançar contigo
Ao som da cadencia pautada
P`lo contar das estrelas
Uma, duas, três, quatro, etc.
Até ao rompe da aurora
Exausto desnudar-te
E comendo esta ânsia
De te querer tanto
Lamber o teu corpo
De suor de orgasmo
E adormecer erecto
No mais profundo silencio
Do silencio absoluto!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Vejo o sol, mergulhando sobre a água

Vejo o sol, mergulhando sobre a água
No horizonte, o cenário é de encantar
O sol em silêncio, fala com mágoa
A protestar, por dar beleza ao mar

As vozes mudas, que se erguem no luar
Lembram lendas, de coisas, encantadas
Que o tempo não esquece, sem recordar
Historiais, de tantas coisas passadas

Mas tantos segredos, contos e lendas
E tantos dramas, lutos e contendas
Tanta gente, arrogante e tão audaz

Resta apenas, coragem e atitude
Contra o mar, altivo, arrogante e rude
Por manter em segredo, o mal que faz

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Tu seras minha mulher

Tu serás minha mulher
Podes a data marcar
Na data que se souber
Que o mundo vai terminar

Eu vou-te levar ao altar
Sobre pretexto de amor
Para contigo casar
Quando um burro for doutor

Falamos de casamento
Com tudo bem estudado
A espreitar o momento
Em que o mar fique parado

Quando comigo casares
Será grande o nosso amor
Mas só se tu me provares
Que uma pedra é uma flor

Tu podes acreditar
Que serás minha escolhida
Quero contigo casar
Lá p`ro fim da minha vida

Crei em mim não faças troça
Que casaremos os dois
Quando veres uma carroça
Andar a puxar os bois

Tu queres casar comigo
Sobre qualquer condição
Pois só casarei contigo
Se for dentro dum caixão

Autor
Manuel ristino

Trago no sangue o estandarte

Trago no sangue o estandarte
Com as quinas estampado
No coração trago a arte
Desses poetas do passado

Sou Português sim senhor
E sou Poeta Marinheiro
Sou também um sonhador
Da Paz no mundo inteiro

Uso palavras emprestadas
Que os Poetas inventaram
Com elas componho quadras
Das Historias que deixaram

Em provérbio até se diz
Portugueses são pioneiros
A dar honra ao seu Pais
Com poetas e Marinheiros

Sinto o meu orgulho ferido
Se penso olhar para traz
Porque julgo ter perdido
A Guerra a favor da Paz

Aos Poetas de mais coragem
Que neste Pais cresceram
Lhe presto minha homenagem
P`los poemas que escreveram

Marinheiros ambiciosos
Que não tiveram rival
Foram seus feitos gloriosos
A dar nome a Portugal

Ouçam fadistas Poetas
Marinheiros navegantes
Vocês são os meus Profetas
De todos os mais brilhantes

Autor
Manuel J Cristino

Tenho ciume de ti amor

Tenho ciúme de ti amor
Do teu charme da tua graça
Desse olhar tão sedutor
P`ra qualquer Homem que passa

Tenho ciúme do teu olhar
Das nuvens e até do vento
Do Sol que te vem beijar
E de um puro sentimento

Tenho ciúme dos teus beijos
Ou do mar te vir beijar
E ciúme dos teus desejos
Se nele te vás banhar

Tenho ciúme de te ver
Como a estrela a brilhar
Este ciúme irei manter
Porque mais te quero amar

De tudo eu tenho ciúme
Das Sereias e das Musas
Das flores e do perfume
E até das vestes que usas

Autor
Manuel J Cristino

Eu serei teu confidente confesso

Eu serei, teu confidente confesso
Só confidente, já que tu não queres
Que brote de ti, entre todas as mulheres
Um amor tão puro, como eu mereço

Eu queria te esquecer, e não te esqueço
Sujeito-me a tudo, que tu fizeres
Dou-te tudo aquilo, que tu quiseres
Para assim, te mostrar meu grande apreço

Afago as minhas mãos e, julgo as tuas
E venero essas musas, que andam nuas
Julgando seres, tu vinda do mar

Das recordações, que tenho de ti
Resta-me só, os beijos que te pedi
E todos que guardei, para te dar

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Será que tu existes

Será que tu existes?
E és o amor perfeito?
Diz-me por onde andas,
Acalma a minha dor,
Que me afecta, noite e dia,
Envia-me mensagens secretas,
Que falem de ti, de amor,
Só isto basta, isto me acalma
Traz-me de novo esperança!
Não importa, se me conheces ou não
Basta-me o sinal da tua existência,
Para eu te enviar mensagens
Que vão através das estrelas,
Que vão iluminar-te o caminho,
Para guiar teus passos,
Enquanto eu, abraço e beijo,
A água do mar salgado,
Aquém ofereço as lágrimas,
Que vou chorando por ti,
Para manter o nível da água,
Com que banhará teu corpo de Sereia,
Rainha do mar e do meu Reino
E vou implorando ao Sol,
Que por mim, beije o teu rosto,
Sem nada te cobrar,
Enquanto eu quero permanecer
Em sofrimento anónimo!
Como se fosse um condenado,
Á espera da hora da Liberdade!
E nem isto mudara meu grito,
Que entoa em silencioso,
Nas entranhas do meu peito,
Mesmo que ele me doa dia e noite Será que tu existes?
E és o amor perfeito?
Diz-me por onde andas,
Acalma a minha dor,
Que me afecta, noite e dia,
Envia-me mensagens secretas,
Que falem de ti, de amor,
Só isto basta, isto me acalma
Traz-me de novo esperança!
Não importa, se me conheces ou não
Basta-me o sinal da tua existência,
Para eu te enviar mensagens
Que vão através das estrelas,
Que vão iluminar-te o caminho,
Para guiar teus passos,
Enquanto eu, abraço e beijo,
A água do mar salgado,
Aquém ofereço as lágrimas,
Que vou chorando por ti,
Para manter o nível da água,
Com que banhará teu corpo de Sereia,
Rainha do mar e do meu Reino
E vou implorando ao Sol,
Que por mim, beije o teu rosto,
Sem nada te cobrar,
Enquanto eu quero permanecer
Em sofrimento anónimo!
Como se fosse um condenado,
Á espera da hora da Liberdade!
E nem isto mudara meu grito,
Que entoa em silencioso,
Nas entranhas do meu peito,
Mesmo que ele me doa dia e noite
No espírito secreto da alma,
Por tanta vez eu repetir
Este mesmo grito,
Onde estas,
Por onde andas,
Oh amor-perfeito!

Autor
Manuel J Cristino
No espírito secreto da alma,
Por tanta vez eu repetir
Este mesmo grito,
Onde estas,
Por onde andas,
Oh amor-perfeito!

Autor
Manuel J Cristino

Quantos metros p´ra correr ( ULTIMO )

Quantos metros p`ra correr
Ou milhas p`ra navegar
Quantos caminhos p`ra vencer
E encruzilhadas p`ra passar
Quantos sonhos repetidos
Quantos desejos sentidos
Quantas estrelas p`ra contar
E mares para sulcar
Quantas noites sem dormir
E horas a meditar
Quantos beijos oferecidos
E outros tantos apetecidos
Sem se poderem trocar
Quantos abraços prometidos
A ser jogados no vento
Quantas promessas e juras
Todas elas por cumprir
Quantos jardins virtuais
E flores p`ra plantar
Quantas insónias passadas
Quantas noites por dormir
Quantas frases repetidas
Sem a distância encurtar
A separar duas vidas
Que lutam p`ra se juntar

Autor
Manuel J Cristino

Quero um sol em cada polo

Quero um Sol em cada Pólo
E mais luz durante o dia
Quero o calor do teu colo
Para a minha companhia

Quero no mar um pomar
Com muitos frutos e festa
E contigo me encantar
Toda vida que me resta

Eu quero a terra a brilhar
Como brilha o Céu estrelado
Quero teu amor conquistar
P`ra ser o teu namorado

Quero no espaço um jardim
Tão brilhante como o Luar
Contigo a viver em mim
E eu viver nesse lugar

Se eu fosse ao fundo do mar
E no Céu ao infinito
Iria por ti perguntar
Quando estivesse aflito

eu não quero ouvir mais nada
Somente o meu coração
Tu serás a minha amada
Dona da minha Paixão

Autor Manuel João Cristino

Queria fechar os olhos afagar teu rosto

Queria fechar os olhos, afagar teu rosto
Fazer deslizar, meus dedos nus,
Por entre os labirintos do teu corpo,
Esse corpo, de Mulher, de Fêmea
E beber num solvo, o prazer de te tocar,
A festejar esta emoção tão desejada,
Par ficar prisioneiro dos teus dotes,
Esses dotes únicos, de Mulher Rainha,
E assim poder viver em tua honra,
Os mais dolorosos sacrifícios,
Em homenagem a ti ( Mulher)!
Carregar-te em minhas costas,
Ou levar-te por minha mão,
Ao longo da estrada de S, Tiago,
Lá onde só existem Estrelas,
E nenhuma tão brilhante como tu,
Que simboliza a verdade,
A verdade, do amor-perfeito,
Esse amor puro, que tu destes á Terra,
Queria caminhar contigo, rumo ao Paraíso
Lá para muito distante dos Homens!
Sei que é difícil, é penoso alcançá-lo,
Quando sei que á muitos, na corrida,
Mas esses o que fazem?
É só balbuciar palavras,
Com juras, promessas, chavões,
Que não passam, de artifícios,
Impregnados, de mentira e ambição,
Que tu bem conhece,
Por ser pratica constante,
Nos dias que correndo!
Mas eu, eu sou diferente,
Porque não sou deste mundo!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Perguntam-me sempre ao ver-me triste

Perguntam-me sempre, ao ver-me triste
Porque razão, tu andas tão triste assim
Sem teu sofrimento, chegar ao fim
Que mágoa forte é essa, que te persiste?

Eu grito ás entranhas porque partiste?
Para longe de mim, amor perfeito!
E falo calado como é meu jeito,
Ó coração não digas nada, ouviste!

E nesta dor de mágoa que é só minha
É mal que não se vê nem se adivinha
É tortura de algo que eu vivi

Mas se á males que podemos curar
P`ró meu mal não á cura nem á lugar
Nem dentro dos versos que eu já escrevi

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Perdi a minha referencia

Perdi a minha referencia,
A minha estrela boreal!
Aquela, que me trazia a luz,
Nas horas difíceis da vida!
Apagou-se para sempre, o seu brilhar
Agora, que perdi o rumo e a luz,
Viverei na escuridão, até ao fim da viagem
Por ventura sim,
Porque foram poucos,
Os mais de sessenta anos de aprendizagem,
Que passei a teu lado.
Recebi de ti, todos os teus ensinamentos,
Como bons companheiros,
Caminhamos juntos, ombro a ombro, lado a lado,
Guiaste-me sempre, durante a longa viagem,
Foste meu confidente, meu interprete,
Meu guarda, meu escudo protector,
Foste o meu soldado da paz, meu herói!
Agora sucumbiste, terminaste a tua luta,
Renunciaste ao sofrimento,
Para alcançares, a paz eterna,
Agora, que já não ouves o meu pranto,
Posso chorar a vontade,
Posso gritar esta dor, de te perder!
E não mais ver, o romper da aurora,
Ausente da tua companhia,
Perdi o gosto, de viver a vida,
Esta vida escura, tão cheia de injustas,
Aquece um lugar a teu lado,
Como tantas vezes fizeste em vida,
Espera por mim algum tempo,
Que iras ter a minha companhia,
O meu lugar, é por perto de ti,
Assim foi toda a minha vida,
Adeus companheiro, meu amigo!
Mais que meu amigo, meu Pai!

MANUEL J CRISTINO

passa-me p´la mente tantos ensejos

Passam-me p`la mente, tantos ensejos
Que me recordam, velhos marinheiros
E os mais antigos, poetas, romanceiros
Que já quis imitar, nos meus desejos

Vultos a quem, sempre fiz, uns cortejos
Consciente, por saber, que são pioneiros
Como foram, os nossos Marinheiros
De lanças, heróicas e, até de beijos

Eu segui Historias, sonhos e, milagres
Andei pelo mundo e, encalhei em Sagres
E das lendas, me ficou, uma certeza

Por todo o mundo ter, acreditado
Que foi p`la conquista, do Mar salgado
Que se fez, a bandeira Portuguesa!

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Para ser um bom fadista

Para ser um bom fadista
Tem que ter alma de artista
Com sentimento apurado
Cantar e estar atento
P`ra sentir o sentimento
Que vive dentro do fado

O fado é original
Por ser made em Portugal
É p`ra noz uma riqueza
Cantado a nossa imagem
É verdadeira homenagem
Á guitarra Portuguesa

Chora guitarra a tocar
Para eu poder cantar
Esta canção do passado
Dar vida a esta quimera
Que nos legou a Severa
Essa Rainha do fado

Tantas vozes do passado
Que andaram cantando o fado
P`ra uma nação divulgar
Com essa divulgação
Mostraram que essa nação
É Portugal a cantar

O fado é embaixador
De Portugal no exterior
Onde é cantado com garra
Mostrando ao mundo inteiro
Porque é ele o pioneiro
Que chora como a guitarra

AUTOR

o Patricia escuta lá

Ó Patrícia escuta lá
O que te quero dizer
Que neste mundo não á
Quem faça eu te esquecer

És amiga de verdade
Em quem posso confiar
Em ti nunca vi maldade
Só vi jeito de encantar

Esquece o que já passou
Olha só para o presente
Nunca digas eu não sou
De voz todos diferente

Não esqueças este amigo
Quando outro te abandonar
Que estará sempre contigo
Preenchendo esse lugar

Se queres desabafar
Ou fazer uma confissão
Podes por mim perguntar
Que eu te abro meu coração

Eu serei teu confidente
De todas as confissões
Estarei sempre presente
Nas difíceis ocasiões

Tu deves tentar saber
Aquilo que todos são
Um irmão pode não ser
E um amigo ser um irmão


Autor
Manuel João Ctistino

mesmo que seja pequeno o valor

Mesmo que seja, pequeno o valor
Dar a quem mais precisa, é uma nobreza
Dar mesmo que seja, um pouco de amor
Será isso que eu darei, para a pobreza

Eu queria ser do mundo, o salvador
Dividir com Pobres, minha riqueza
Para deixar de ser, um sonhador
Arrancando de mim, toda tristeza

Tirar sempre ao rico, p´ra dar ao pobre
Tornar o mundo mais, equilibrado
Basta de si apenas, seu gesto nobre

Para que o homem, possa ainda acreditar
Que nunca mais, será injustiçado
E nunca mais, voltara a mendigar

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu sonhei contigo

Eu sonhei contigo
Eras tu uma flor
Querendo abrir tuas pétalas
Para te expores ao sol
E receber dele, o calor e o perfume
Que por lei da natureza, te pertence
Sonhei ser num deserto
Que te encontrei
Numa zona agreste e inóspita
Mas onde tu sobrevivias
Viçosa, alegre e triunfante,
O que me fez compreender
Nesse momento, como eras forte
Tão versátil e tão Nobre
E sem me aproximar de ti, nem te tocar
Era evadido pelo teu perfume (único)
De flor endémica, por mim nunca vista,
Até ao dia que te encontrei
E logo te reservei, um lugar nobre
No jardim do meu peito
Esse que dedico, aos meus amores
E às minhas flores, de estimação
Da espécie que tanto te honra!
Mas agora interrogo-me
O que devo eu fazer,
Com tanta riqueza, invulgar
A viver em mim!
E já sei o que fazer, sim!
Vou regar tua planta,
Lavar tuas pétalas,
E alimentar-te de seiva
Com a agua que brotam
Os meus olhos, por tua causa
Farei de estufa
Para te dar a temperatura que precisas
Á medida da tua necessidade
Farei de Sol, para te iluminar
E dar cor, serei o luar sereno e calmo
A segredar e beijar teu rosto
Serei teu talismã, de protecção
Teu anjo da guarda, teu guião
Quero ser tudo para ti,
E serei mais ainda,
Tudo quanto quiseres
Que eu seja

Autor Manuel cristino

Eu serei do mundo o mais esquecido

Eu serei no mundo, o mais esquecido
De quantos, nesta vida, não têm sorte
Vivo sempre, a pedir que venha, a morte
Já que tudo, p`ra mim, está perdido

Sem esperança, dei-me por vencido
Já que nunca encontrei, meu rumo, ou norte
Por momentos, eu faço-me de forte
Para não julgarem, que estou perdido

Sou daqueles, que chora e ninguém vê
Sou alcunhado, de triste e não viver
De tudo isto apontado, mas por quê?

Eu sou apenas sombra, de quem partiu
E que o mundo vai teimando, esquecer
Porque eu passei p`la terra, e ninguém viu


AUTOR
MANUEL J CRISTINO

É SABER SER DIFERENTE

É saber ser diferente
É nunca estar ausente
E é ser toque de alvorada
Ser eterno não morrer
Para o mundo não esquecer
Que é ser tudo e não ser nada

É defender a razão
E dar voz ao coração
De qualquer mente atrevida
É ser garganta de autor
Ou a voz dum declamador
A eternizar toda a vida

É ser luz na escuridão
Iluminando a paixão
Com os seus poemas de amor
É ser voz imaculada
De toda a rima ou quadra
Em respeito ao seu autor

É ser a voz de oprimido
Nunca se dar por vencido
Na luta contra o poder
Ser activo e contestar
E á força nunca vergar
Nem ao medo se render

Escrever e não parar
Para tudo denunciar
Tudo que julgar errado
É ser a voz inconstante
Contra o poder dominante
E ser imortalizado

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

ESTA FLOR OFERECIDA

Esta flor oferecida
Símbolo de gratidão
É parte da minha vida
Que eu roubei ao coração

Vai tu flor levar por mim
Teu perfume ao meu amor
No regresso ao meu jardim
Traz-me dele seu esplendor

És minha flor de paixão
Com que vivo no dia a dia
És poema para canção
De contornos de magia

Pois esta flor será pura
Como será o mais poro amor
É um símbolo de ternura
Que é devido ao seu autor

E como flor continua
Para ser sempre e depois
Não será minha nem tua
Mas será de nós os dois

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Eu podia ser alguém mas nada sou

Eu podia ser alguém mas nada sou
Se o mundo fosse um pouco diferente
Deste mundo que tudo me negou
Como se eu fosse tudo menos Gente

Foi uma vida inteira que não vivi
Sem ter noção do tempo que passava
E eu cego por viver nunca senti
Tudo quanto no dia a dia me faltava

Pois todo este vazio que me afectou
Veio-me dizer que hoje não sou ninguém
Por tudo que sonhei me ser proibido

Renego todo o tempo que passou
Quero esquecer o mal fazendo o bem
P`ra que a vida me faça outro sentido

AUTOR
Manuel João Cristino

De muito longe vem o eco

De muito longe vem o eco
Duma voz que por mim chama
Será voz de quem me odeia
Ou é a voz de quem me ama

Esses que tanto me odeiam
Gritam por mim com rancor
Tentando assim me enganar
Com seu ódio por amor

Ao contrario os que me amam
Chamam por mim com doçura
Demonstrando no momento
O seu amor e ternura

Eu tenho na consciência
Que por alguns sou amado
E não consigo compreender
Porque também sou odiado

Uns falam e outros gritam
Numa mesma situação
Gritam uns de desespero
E outros de satisfação

Entre o ódio e o amor
Há sempre gente metida
Uns dão a vida por outros
E outros lhe roubam a vida

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Chegam de longe

Chegam de longe
Palavras reais…Celebres e imortais
Vêm sem cérebro, sem boca, sem rosto,
Mas têm origem, e uma autora,
É ela, que as envia para mim
E nelas se pode ler,
Força, carinho, ternura
Que me chegam por E-mail
Como por acto de magia,
Falam de raiva e de dor,
De frustração e desilusão,
De amigos e inimigos,
E até de amor,
Distribuem beijos e abraços,
Para o mundo inteiro,
Que me deixam emociono e encanto,
Com sua vastidão e beleza
Respiro fundo
Para gritar baixinho,
Quero-te ver amiga,
Quero-te devolver, em beijos,
Em numero equivalente,
Ás tuas frases únicas,
Quero escutar a tua voz,
E ouvir o teu respirar,
Afagando teu rosto,
Com minhas mãos nobres e puras,
A conter todos os meus desejos,

Faço de tudo isto, um arquivo em meu peito,
Onde todas frases e palavras, são arquivadas,
E para sempre também, imortalizadas!

A rever tudo que nelas á de perfeito
Mais todo o valor dessa mente sonhadora
E a inegável, coragem da sua autora!


AUTOR
MANUEL J CRISTINO

As letras que vou escrevendo

As letras que vou escrever
Serão as mais puras flores
Que vou plantar por dever
No jardim dos meus amores

Com as letras tudo faço
Com letras tudo prevejo
Faço mãos com que abraço
E lábios com que vos beijo

Com as letras tudo é dito
Com as letras sorrio e choro
Com as letras falo e grito
Com as letras vos adoro

Com letras me manifesto
Do que mais gosto ou odeio
Do que não gosto protesto
E do que gosto eu anseio

Há nas letras confidência
A quem eu confesso tudo
E nos momentos de ausência
Eu não falo fico mudo

Vão letras em meu lugar
Por onde eu não posso ir
Vão por mim falar cantar
Vão por mim chorar e rir

Vão letras vão visitar
Vão dar abraços e beijos
Vão vocês em meu lugar
Matar todos meus desejos

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

Amo você porque sonho

Amo você porque sonho
Ter a força de um vulcão
Limites nunca proponho
Isso cabe ao meu coração

Sou cascata de alto mar
Sou a força da loucura
Que á muito anda a espreitar
Tua nobre formosura

Pinto quadros com flores
Por minha mão esculpidas
Que baptizo de amores
Onde caibam nossas vidas

Faço meus filmes virtuais
Apenas com dois autores
Pois neles não cabem mais
Que estes nossos dois amores

Eu sinto estranho desejo
Que me vai no pensamento
É só pensar dar-te um beijo
Começa o meu sofrimento

Pinto quadros de ilusão
Onde me retrato depois
Lá pinto o meu coração
Á medida de nós dois

Vou no campo procurar
Entre flores agrestes
Essas cores de encantar
Que trazes nas tuas vestes


Autor
Manuel J Cristino