quinta-feira, 2 de junho de 2011

SINTO A TUA DOR IRMÃO

Há dias que me julgo
Um farrapo velho
Uma coisa inútil!
Sinto-me um fragmento humano
No meio de gente fina!
Sinto-me carpete espezinhada
Pelos senhores da terra!
Sinto-me bacia vulgar
Colhendo as lágrimas
Dos pobres e oprimidos!
Sinto-me bola, de ping pong
Arremessada sem escrúpulos
Pelas mãos poderosas!
Sinto a minha e tua dor, irmão!
E comungo contigo
O jejum da tua fome!
E dessa crónica tristeza, da miséria
Que te faz rir!
Por ser, teu único bem
Só teu e de mais ninguém
Esse riso irónico e trocista
Que só a miséria tem!!!

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

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