quinta-feira, 30 de junho de 2011

FIM DAS ESTAÇÃOES

Secaram os rios
E a frescura do orvalho
Secou com eles
As arvores rugosas
Que eram viçosas
Perderam as folhas
Flores caprichosas
Envergonhadas
Arrancaram as pétalas
E jogaram no vento
Todos os batráquios
Desapareceram da terra
E eu em decadência
Vou recordando
Todo esse tempo
Que por mim passou
Com tantas estações
Trocadas, baralhadas
De flores sorrindo
Sem ter perfume
De sol a brilhar
Sem ter calor
De luar triste
Sem ter magia
E de tanto amor
E tanta melodia
A brotar da terra
Em doce poesia

AUTOR MAUNUEL JOÃO CRISTINO

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