É pálida, esta lua, da noite escura
Que beija, meu leito, de amor ausente
Será que foi traída? É tão diferente
Da outra, que me beijava, com ternura
Antes, toda a sua luz, tinha doçura
Vinha ao mar, em visita permanente
Anjo de prata, do sol, descontente
Habitante do espaço, em aventura
Outrora, foi sensual, sua doce luz
Onde minha memoria, me conduz
A rever, meu passado, de desnorte
Nunca me faltes, anjo protector
Traz-me, a tua beleza com mais vigor
Que quero, ser teu irmão, após a morte
AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO
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