quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Tão fresco o teu corpo, sereia de orvalho

Tão fresco o teu corpo, sereia de orvalho
Tão lindo o Céu, de pontos pequeninos
Grito da manhã, no dobrar dos sinos
Flore escarpada, na ponta dum galho

Que mais posso eu fazer, de que me valho
Quando só tu és, a dona, dos meus destinos
Negros foram, meus sonhos cristalinos
Pó e cinza, que em nuvem, ao vento espalho

E tu que tens andado, em sofrimento
De alma nua e pé descalço, pela estrada
Não levaste as chagas, ao firmamento

Sempre triste e faminta, nesta vida
Que sempre te ignorou, sem te dar nada
Julgando-te, inerte e coisa esquecida!

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

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