domingo, 25 de setembro de 2011

RECORDANDO A MEDITAR

Já lá vão anos
Que não medito no silencio da noite
Que não atraiçoo meu amor jurado
Que não percorro caminhos perigosos
Até ao romper da aurora

Que saudades dos malefícios da noite
Das magicas serenatas ao luar
Das cantigas amadoras ao desafio
Das melodias repetidas dos rouxinóis
E dos roídos a entoar sobre os bosques
Que eu tão feliz apreciava
Que saudade
Daquela juventude irresponsável
Das tabernas e dos copos
Das fogueiras á beira-mar
Das fumaças
Das partidas, das trepo lias
Das conversas, das mentiras
Das namoradas casuais
De horas, ou minutos
Das dificuldades
Das línguas que não dominava!
Que saudade daquele tempo
De projectos tão sonhados
E nunca concretizados
Saudade dos amigos despressados
Dos que partiram, dos que restam
Dos amores que não vingaram
Por culpas, de ambos os lados.
São tantas recordações
As que pretendo esquecer
Num copo de devaneio
Num banco do jardim
No meu quarto de solidão
Num bosque ao som das aves
Numa falésia á beira mar
Poetizando o meu passado
Perguntando ao meu imaginário
P`lo rumo da minha meta
Com o traço do meu fim!

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

Nenhum comentário:

Postar um comentário