Já te chamo á muito, querida morte
Quero dar-te o corpo que deus me deu
Jogar toda a minha vida em teu breu
Por não haver, nada mais que me conforte
Minha amiga, leva-me a pouca sorte
Já que esta vida sempre me esqueceu
A esperança floriu, depois morreu
E o alicerce já ruiu, todo o suporte
Vem beijar-me o rosto, calar-me a voz
Vamos celebrar um pacto, entre nós
Que me leve os sonhos, a luz e a dor
Pára-me esta corrida esta ambição
Faz-me prisioneiro na tua prisão
Segrega-me á tua lei do despudor
AUTOR
MANUEL JOÃO CRISTINO
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