sábado, 22 de maio de 2010

Levei a minha vida sempre a fingir

Levei a minha vida, sempre a fingir
Vivendo em convulsões, a cada passo
Para justificar, o meu fracasso
Escondia as lágrimas, em meu sorrir

Não á riso de flor, para me acudir
Nem milagre de rosas, no regaço
Nem conforto de Mãe, com seu abraço
Nem o sol doutro mundo, por surgir

Eu sou a planta silvestre, desprezada
A carpete que todos têm pisado
Eu sou o riso, sou a troça, descartada

Carrego a grande cruz, a mais pesada
Que ao longo da vida, me tem vergado
Enquanto grito a dor, de não ser nada!

Autor
Manuel João Cristino

Um comentário:

  1. Amigo cada palavra sua é talhada de sabedoria sensibilidade e perfeição ! lindo poema fiquei fascinada!

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