quarta-feira, 26 de outubro de 2011

CRONICA SAUDADE

A saudade
Me invadiu
E ficou a viver em mim,
Saudade dos beijos que te dei,
Em momentos que te olhei,
Saudade, do prazer que te dava
Com minhas mãos abeis,
Sem ao menos te tocar,
Saudade das noites
Passadas contigo,
No meu quarto de ilusões,
Saudade das lágrimas vertidas,
Deslizando dentro de mim,
Em cada rima, dos versos
Que te dediquei,
P´ra me tornar poeta,
Saudades do prazer dividido,
Só em sonho alcançado,
Saudade dos suspiros,
Dos ais e dos gemidos,
Que imaginava ouvir-te
No silencio da noite,
Sem saber onde tu estavas,
Sem saudade da tua ausência
E distancia prematura,
Que hoje são a causa
Do lamento e da loucura,
Da minha saudade crónica,
Que persiste, sem ter cura!!!

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ABRIU-SE A PORTA DA PRISÃO

Chegou o amor que me faltava
Nasceu dum sonho imperfeito
Desta vontade desgarrada
Que fez do meu peito um brasido
Ao ver-te a olhar p´ra mim
Nessa expressão de entrega
Que interiorizei sem fim
Chegaste com o vento
Suave e manso
Poluíste o ar que respiro
Com teu perfume de amor
Respirei-te, toque-te beijei-te
Entrelaçado, entre braços
E mistura de beijos
Soltei um grito de silêncio
Entre gemidos e palavras obscenas
Pesou-te e tu me pesos
Nos envolvemos
E balbuciamos palavras
Pensadas não ditas
Atmosfera de deleite e prazer
Musical de amor
Nunca antes vivido
Momento indescritível
Abriu-se a porta da prisão
Dos sentimentos oprimidos
Libertou-se a vontade de amar
Odores perfumes de prazer
Foram lançados no ar
Contrastes, movimentos e danças
De momentos inebriantes
Ânsias, descontrole, puxões
Carícias, apertões, palavrões
Sensualidade e virilidade
Que brindamos
Com o cálice amargo
Do amor inexperiência

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

SONHOS MAS IRREAIS

Num breve sonho eu sonhei
Que á Virgem Maria falei
Junto a Deus omnipotente
Deus Pai estava sentado
Por Jesus assessorado
Seu filho omnipresente

Perguntei ao Deus menino
P´ra me falar do destino
Depois da vida acabar
Olhou-me e disse a sorrir
Quem a luz de Deus seguir
Vai rumo ao eternizar

Sem saber lá fui andando
Por todo o altar fui rezando
A Deus prestei homenagem
De joelhos junto ao altar
Pedi-lhe no Céu um lugar
P´ro fim da minha viagem

Depois cantei p´ra Jesus
No palco da grande luz
Do condado Celestial
Cantei pedindo a rezar
Para Deus nos vir salvar!
E livrar de todo o mal

Louvado sejas Senhor
Abrigo do pecador
Juiz do bem e do mal
Protector do moribundo
Pintor que pintou o mundo
Rei do reino universal

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

domingo, 23 de outubro de 2011

ESQEÇAM O TEMPO QUE PASSOU

Não façam conta…Ao tempo que passou
Que o prazer de viver…Não tem idade
Mesmo este tempo…É pura falsidade
Na corrida e meta…Que nos legou

Pergunto quem foi…Que o tempo inventou?
Juventude…Velhice e mocidade
Divisão injusta…Da desigualdade
Como o tempo…Sempre nos provou

Nós vamos andando…Mesmo parados
E neste tempo…Vivendo enganados
Como qualquer um ser…Que não tem vida

Nós não paramos…Ao longo da viagem
Subimos na vida…Mas de passagem
P´ra depois…Sucumbirmos na descida

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

sábado, 22 de outubro de 2011

PRECIPÍCIO DE AGUA LIVRE

Debaixo de ti… Me deixo afundar
Para tocar…Teu rochedo sensual
Esquecendo-me do mundo…Virtual
P´ra poder apreciar em ti…O Céu e o mar

Quadro natural…Que me faz pensar
No reflexo do sol…Como um vitral
Que te dá…Essa pureza natural
De ser o paraíso…Do verbo amar

Teu tilintar…Parece melodia
Não para de tocar…De noite e dia
No reflexo da luz…De sol ou luar

Tu és da natureza…Nobre canção
A mais pura melodia…De atração
Que este mundo…Deseja ouvir cantar

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

DESCRENÇA

Descrença… Também tem seu matutino
Descrente é ter coração… Que contesta
Da contestação… Fazer a sua festa
E do descrédito… Fazer o seu hino

Contestar… O fanático e… Peregrino
Crónica doença… Que no mundo infesta
Desacreditar…É quanto lhe resta
Para denegrir… O mito divino

Falar, pregar, já é velha… Tradição
Que desde a politica… Á religião
Todos querem… O povo conquistar

Com tanta injustiça… Tanta desgraça
O mito de Deus justo… É uma farsa
Que o povo só vendo… Irá acreditar

AUtOR MANUEL CRISTINO

SOU DETENTOR DA LOUCURA AMARTE

Te vou procurando… Por toda a parte
Entre os labirintos…Da natureza
Porque tu és…O meu poema de beleza
Expoente de mulher… De beleza e arte

E eu sou detentor… Da loucura… Amar-te
Sou dono… Do coração da tristeza
Que de amores… Só vive de pobreza
Mas julgando… Ser feliz… Ao encontra-te

A minha azafama… Só chega ao fim
Quando tu viveres… Dentro de mim
A rasgar o meu rosto… Num sorriso

Para que nós dois… Seja-mos um só
Enquanto houver vida e… Depois em pó
Depois do pó… No reino do Paraíso

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

INDILICO AMOR

Roseira florida… Idílico amor
Traz-me perfume… Em ondas de prazer
Traz-me versos… Poemas… Do teu saber
E aos meus lábios gélidos… Mais calor

Minha insistência… Só terá valor
Se o teu jardim… Me quiser acolher
Trazendo o teu perfume… Ao meu viver
E mais auto-estima… E o seu valor

Desnorte… Domina-me o coração
Que me traz… Esta força… Esta emoção
Num grito silencioso… De quem ama

Moribundo… Falo ás pedras da rua
Que digam á história… Que a culpa é tua
De toda a minha vida… Ser um drama

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

ÉS PRIMAVERA E MÃE DE TODA FLOR

Tu és a estrela cadente… Que me guia
És o mais puro anjo… Meu protetor
Tens força de luz… Que reflete amor
Trazendo-me á esperança… Garantia

És na noite escura…Luz do meu dia
És primavera e… Mãe de toda a flor
Na hora mais gélida…Tu és meu calor
Que á minha tristeza…Traz alegria

Vivo na incerteza…De ter teu mundo
Mergulhado…Em sentimento profundo
Espero…Pela mágica do luar

Envio minhas preces…Ao Deus divino
Ansioso por saber…Do meu destino
Me interrogo…Se algum dia te irei amar

MANUEL JOÃO CRISTINO

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

TRAZ DE NOVO OUTRO SORRISO AO MEU OLHAR

Ah luar de prata… Que me faz sonhar
Torna meus sonhos reais… Em puro amor
Sé contra toda a violência e… Terror
Que impera… Sobre a terra e… Sobre o mar

Traz de novo… Outro sorriso ao meu olhar
Traz ao mundo outro sol… Com mais calor
E a cada homem… Mais respeito e valor
E aos meus sonhos… O meu concretizar

É com esta utopia… Que eu vou lutando
Sempre num mundo novo… Acreditando
Onde aja liberdade… Com mais pão

Pois vivo neste mundo… Atormentado
O mundo que por mim… Foi renegado
Ao ver a minha vida…De ilusão

AUTOR MANUEL J. CRISTINO

MEUS LABIOS SEDENTOS

Meus lábios sedentos… Chamam por ti
Ansiando… Que teus lábios desejosos
Jorrem em mim… Líquidos amorosos
Ao dar-te o beijo… Que eu te prometi

Noutras bocas… Em brasa eu já fervi
Em momentos, não pensados… Ansiosos
Que foram escaldões...Tão desgostosos
Como ocultos… Cenários que eu não vi

Meus olhos… Te beijam em meu pensar
E te amaram muito… Antes de eu te amar
Quem sabe, antes mesmo… De eu vir á terra

Vem de longe, esta razão… Este sonhar
Não é desejo doentio… Crer-te beijar
Mas sim, uma vida inteira… Á tua espera

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

NO MEU SILÊNCIO

No meu silêncio te beijo
A escrever no corpo teu
Os ecos do meu desejo
Que o tempo sempre escondeu

Faço-te carícias assim
No silencio do deserto
Me isolo na solidão
Para de ti estar mais perto

Eu vejo na tua nudez
Paisagem de terra e mar
Que com minha sensatez
Quero o teu corpo pintar

Toco a tua pele papel
Sem meus dedos te encontrar
Bebo o teu corpo de mel
Só de pensar em te amar

Penso teu corpo beijar
Na penumbra da nudez
E beijo-te a meditar
Com a minha sensatez

E ouço respirando fundo
Teus suspiros e teus ais
Julgo-me até noutro mundo
P´ra poder respirar mais

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

ÉS MEU ÚNICO CONFIDENTE

Lanço ao infinito meu olhar
Em busca de explicação
Para esse teu balouçar
De raiva e de sedução

Num vai vem de cortesia
Teu ondulado me beija
Quando é pura fantasia
Fazer o que não deseja

Confesso-te os meus segredos
Que só confessei ao Luar
Mas meus receios e medos
Esses não te vou contar

Dou-te toda a timidez
Que com o luar dividi
E toda a minha nudez
Que sempre guardei p´ra ti

Te cortejo com meus pares
Ao luar dos namorados
Percorrendo esses lugares
Que já me são reservados

Tu és oásis e paixão
De pintor e seu pincel
E paraíso de atração
De quem quer ser infiel

És um grande confidente
Onde tudo fica encerrado
Protegendo muita gente
Dos tabus e do pecado

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

ANDAS DENTRO DE MIM SEM EU TEVER

Invadiste o meu peito… P´ra viver
Como perfume… Invade toda flore
Como uma flore… Simboliza o amor
Como o amor… Nos dá vida com prazer

Andas dentro de mim… Sem eu te ver
Obrigando-me… A ser um sonhador
De morrer… Nas chamas do teu calor
Para voltar ao mundo… E renascer

Talvez eu seja fraco… Ou seja louco
Ou tenha mesmo… Disto tudo um pouco
Na cegueira que trago…Em meu pensar

Sei bem, que a causa… Pode ser perdida
Mas enquanto me houver… Sopro de vida
Eu nunca… Desistirei de te amar!

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO