sexta-feira, 30 de setembro de 2011

QUANDO OLHO MULHER BONITA

QUANDO OLHO MULHER BONITA
EU SINTO UM CERTO MAU ESTAR
DA TEMP`RATURA A SUBIR
E O HIDRÁULICO A LEVANTAR

Por ser homem sou assim
Sem ter culpa de assim ser
Ás vezes mesmo sem crer
Deixo que façam de mim
Muita coisa até ao fim
Como se fosse infinita
Esta coisa esquisita
Que não posso dominar
Julgo mesmo ser azar
Quando olho mulher bonita

Se eu pode-se dizia tudo
O que se passa comigo
Á coisas que eu não digo
Não é porque seja mudo
É só um caso bicudo
Se eu começar a contar
Ninguém vai acreditar
No que tenho para dizer
Quando as digo podem crer
Eu sinto um certo mau estar

Até parece uma doença
Dá-me calores e frios
Até me da arrepios
Ao sentir sua presença
Pois faz logo a diferença
Do que me vem a seguir
Mesmo que eu queira fugir
Eu não o consigo fazer
Eu quero sentir o prazer
Da temp`ratura a subir

Tenho sempre uma reacção
Que é difícil de explicar
Que me dá para variar
Nessa mesma ocasião
Sinto subir a pressão
Sem a poder controlar
Sinto tudo a dilatar
E vou ficando alterado
Com tudo acelerado
E o hidráulico a levantar

AUTOR
MANUEL J CRISTINO

JÁ TUDO TE DEI

Se algum dia eu doar meu coração
E conseguir escrever num verso
O nome da nova dona
Lhe direi fulana, é tua
A minha maior riqueza
E em tela de letras
Pintarei um poema
Onde se possa ler
Tudo que eu tinha
Eu já te entreguei
Sem te dar nada
Pois tudo te dei
O cofre secreto
Do sentimento
E até do amor
Tão puro e leal
Que eu sempre
Quis guardar
E te ocultar
Até ao dia
De hoje

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

NÃ PRECISA ROUBAR

Não é preciso roubar…Pois eu vos dou
Minha simples escrita… De poesia
Dou a quem quiser ler… E ter alegria
Tudo aquilo…Que o tempo me ensinou

Vou fazer da herança… Que me restou
Minha obra permanente… Do dia a dia
P`ra te dar… Com a mesma simpatia
Que o verdadeiro poeta… Sempre usou

Letras… São rosas… Sem pétalas nuas
As palavras… Não são minhas… Nem tuas
E quando esculpidas… São obra do autor

Até as cores… Que este universo tem
Não são minhas… Nem tuas… Nem de ninguém
São apenas… Pertença de algum pintor

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

ATRAÇÃO DA NATUREZA

Fui atraído pela beleza
Do poder da natureza
Que sorria para mim
Percorri o seu jardim
Abracei muitas flores
Em honra aos meus amores
Para me sentir feliz
Recordei só o que fiz
Contigo á luz da lua
Numa praia toda nua
A rebolar na areia
Chamava-te minha sereia
Para te beijar na boca
Perdida andavas louca
Ao ouvir o mar cantar
Começamos a dançar
Sem resistir te abracei
E de novo te beijei
Beijo que não esqueço
Que seu valor e apreço
Á natureza agradeço

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

terça-feira, 27 de setembro de 2011

AMOR DOS MEUS SONHOS

Vem noite medonha… Cair sobre mim
Vem trazer-me… De novo o meu sonhar
Que vive presente… No meu pensar
Que por tua culpa… Nunca chega ao fim

Contemplo nas estrelas… Meu jardim
Onde planto roseiras… Com meu olhar
Que em pensamento… Só te quero amar
E ando sofrendo… Por viver assim

Ó amor sonhado… Que me faz viver
Cura-me este mal… Este meu sofrer
Onde minha alegria… Encobre o pranto

Faz com que estes meus sonhos… Sejam reais
Transforma em sorriso… Todos meus ais
Ao legar-me teu amor… Que quero tanto

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

domingo, 25 de setembro de 2011

RECORDANDO A MEDITAR

Já lá vão anos
Que não medito no silencio da noite
Que não atraiçoo meu amor jurado
Que não percorro caminhos perigosos
Até ao romper da aurora

Que saudades dos malefícios da noite
Das magicas serenatas ao luar
Das cantigas amadoras ao desafio
Das melodias repetidas dos rouxinóis
E dos roídos a entoar sobre os bosques
Que eu tão feliz apreciava
Que saudade
Daquela juventude irresponsável
Das tabernas e dos copos
Das fogueiras á beira-mar
Das fumaças
Das partidas, das trepo lias
Das conversas, das mentiras
Das namoradas casuais
De horas, ou minutos
Das dificuldades
Das línguas que não dominava!
Que saudade daquele tempo
De projectos tão sonhados
E nunca concretizados
Saudade dos amigos despressados
Dos que partiram, dos que restam
Dos amores que não vingaram
Por culpas, de ambos os lados.
São tantas recordações
As que pretendo esquecer
Num copo de devaneio
Num banco do jardim
No meu quarto de solidão
Num bosque ao som das aves
Numa falésia á beira mar
Poetizando o meu passado
Perguntando ao meu imaginário
P`lo rumo da minha meta
Com o traço do meu fim!

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

SONHOS RECALCADOS

Mais um… Prisioneiro dessa beleza
Mais um enfeitiçado… Do teu ser
Ardendo de desejo… Por te crer
Julgo-te… Minha dama de incerteza

E, na minha mente… Minha Princesa
Serás sempre a razão… D`eu renascer
Renegando… Esta vida por viver
Este covil… Risonho da tristeza

Te ofereço… As razões do meu troféu
Alma perdida… Que desceu do Céu
Para prender meus olhos… Com os teus

Tens doçura de feitiço… No olhar
P`ra me prender e p`ra… Me conquistar
Foste enviada do Céu… P`lo próprio Deus

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

É MINHA PRECE

Que teu sorriso se espelhe
Nas águas dos Oceanos
E o sol reflicta a tua imagem
Aos olhos que te admiram
Mais aos que te amam
E te querem ver sorrir
Que teu sorriso seja o pólo
Da alegria e do contagio
A inundar meu peito
Carente desse fluido
E que teu ser me contagie
Acentuando a ternura
Que vive em mim
Ao fitar-te no olhar
Quando me atinges
Em ondas
De olhar relâmpago
Nos raios
Do teu esplendor
P`ra me cumprimentar
Enquanto eu no silêncio
Sacio-me de teu amor virtual
Calmo como um Oceano
Que ignora a tempestade
E continua a ser seu refém
Refém abstracto
Do poder invisível
Que tem este nome
AMOR
AMOR SEM OLHOS
E POR VEZES
SEM CABEÇA

AUTOR MANUEL JOÃO CRISTINO